Bahia

Apesar de acordo, caminhoneiros se mantêm mobilizados nas rodovias baianas

25/05/2018 - 10h53

Apesar do acordo entre o governo federal e representantes dos caminhoneiros para suspender greve por 15 dias em todo o país, as mobilizações continuam nas rodovias baianas nesta sexta-feira (25).

Na BA 526, próximo à Ceasa de Simões Filho, caminhões estão estacionados desde a 1h, no acostamento. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) está acompanhando a mobilização, de acordo com informações do Centro Integrado de Comunicação (Cicom), da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Lá, os pontos de bloqueio são nos quilômetros 12 e 18, nos dois sentidos.

Na BA 535, na altura do Km 10, há bloqueio em ambos sentidos. Os veículos leves estão passando. O mesmo acontece na BA 09, nos quilômetros 1 e 34.

Também há mobilização dos caminhoneiros na BR 101, na altura do município de Muritiba, no Recôncavo baiano, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Na BR 324, na altura do bairro de Valéria, em Salvador, há manifestação com uma faixa interditada sentido Salvador, segundo a Via Bahia. Na mesma rodovia, no km 541 na altura de Amélia Rodrigues, no sentido Feira de Santana, há um ponto de bloqueio, de acordo com a PRF. Os protestos começaram entre 5h30 e 6h.

Segundo informações da Via Bahia, as manifestações também continuam na BR 116, com restrição de passagem apenas para veículos de carga (caminhões e carretas) nas cidades de Santo Estevão, Itatim, Milagres, Jequié, Poções, Manoel Vitorino e Vitória da Conquista. Ainda de acordo com a concessionária, o tráfego está fluindo normalmente para demais veículos.

ACORDO

Na noite desta quinta-feira (24), o governo anunciou que tinha feito um acordo para que as manifestações ficassem suspensas por 15 dias em todo país, devido ao desabastecimento que já atinge diversas cidades.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que foi celebrado termo de acordo com integrantes de movimento dos caminhoneiros.

   “Nós precisamos retomar a vida normal“, disse ele depois de se reunir com representantes do movimentos dos caminhoneiros para anúncio do acordo.

Já o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, garantiu redução de 10% no preço do diesel. O preço ficará fixo por 30 dias (os últimos 15 dias arcados pela União). A primeira quinzena custaria cerca de R$ 350 milhões a Petrobras como compensação. O ministro informou que o preço de referência é o da refinaria.

Segundo Padilha, os aumentos vão ocorrer a cada 30 dias e que governo vai reeditar tabela de frete a cada trimestre.

   “Não haverá reoneração da Folha para transporte de carga“, disse.

PREÇO

Ministro da Guardia explicou sobre o gasto com a redução do preço do diesel.

   “Os primeiros 15 dias da compensação serão bancados pela Petrobras. Ao final do mês, veremos a diferença. A política de preços (dos combustíveis) está mantida.

Ele esclarece que o preço de referência é R$ 2,10 (nas refinarias).

   “Teremos que apurar mês a mês a diferença. Nós não temos essa dotação orçamentária. Essa despesa contará com crédito extraordinário.”

É uma subvenção arcada com recursos da União, explica.

   “O dia foi de consagração de um acordo com a categoria. Estávamos tratando de óleo diesel. O movimento está centrado na reivindicação dos caminhoneiros“, disse Eliseu Padilha quando questionado sobre preço da gasolina.


Edição Bell Kojima/Repórter Coragem


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