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Marina Silva pode ganhar a eleição no primeiro turno. É o fim do ciclo petista

01/09/2014 - 10h06
Coluna Pensando com Coragem

Queridos amigos, estamos começando mais uma semana, aproximando cada vez mais das eleições 2014, quando deveremos votar em cinco candidatos. Na ordem: deputado estadual, federal, senador, governador e Presidente da República. Com a aproximação do dia 5 de outubro, o processo eleitoral vai se afunilando e caminhando para uma decisão que pode mudar os destinos do Brasil.

Essa semana, para ser mais preciso na quinta-feira, 4 de setembro, devo ter mais um encontro com o prefeito João Bosco  nas barras dos tribunais, a audiência está marcada para as 14 horas de quinta-feira, no Juizado Especial Criminal, desta vez o processo parte para instrução e julgamento, onde João deverá provar o que está dizendo e eu tentarei me defender das acusações.

Bom, é esperar pra ver, espero que desta vez o prefeito João Bosco não vá cercado de seus assessores, tantos jurídicos, quantos secretários, que são pagos pelo município e não podem acompanhar João na audiência, uma vez que, quem me processou foi o cidadão João Bosco e não o prefeito da cidade João Bosco Bittencourt.

Vamos ao assunto da semana.

Na coluna da semana passada, em sua introdução, fiz a alusão à disputa para presidência, quando disse que a “febre Marina” parece que estava passando. Desta vez, eu quero dizer que eu estava errado, ao que parece Marina não é uma febre, é uma epidemia, que está tomando conta do Brasil e pode ganhar a eleição ainda no primeiro turno.

Duas pesquisas foram divulgadas essa semana: a primeira, na terça-feira, 26 de agosto, trouxe o seguinte resultado – Dilma tem 34%, Marina, 29%, e Aécio, 19%, isso na pesquisa Ibope, que já mostrava um cenário complicadíssimo para Dilma, haja vista que mostrava um empate técnico dentro da margem de erro, que, neste caso era, de dois pontos percentuais.

Já a pesquisa Datafolha, que foi divulgada na sexta-feira, 29 de agosto, mostrou o seguinte resultado: Dilma e Marina empatadas com 34%; Aécio tem 15%, esse resultado a pouco mais de 30 dias das eleições, sendo que tem, aproximadamente, 15 dias que Marina entrou na campanha, em razão da morte de Eduardo Campos. No meu ponto de vista, se Marina continuar crescendo, a campanha será decidida do primeiro turno, com uma vitória expressiva da candidata do PSB, que neste cenário poderá chegar a 5 de outubro com cerca de 20% de diferença de Dilma, isso, trocando em votos, deverá dar alguns milhões de diferença.

O efeito avassalador da entrada de Marina na corrida eleitoral, fato ocorrido após a morte trágica de Eduardo Campos, pode acabar definindo as eleições, acabando com o ciclo petista e iniciando um novo ciclo para o Brasil, o que podemos chamar de ciclo Marinista; se dará certo, é outra história. Não há nem como fazer uma previsão sobre isso agora, mas, como diria o ditado: “Quem não arisca, não petisca”, se o Brasil quer mudar, terá que ariscar.

Na minha primeira coluna após a morte de Eduardo Campos falei sobre as vantagens que Marina enfrentaria em relação tanto à campanha passada – quando foi a terceira colocada, quanto em relação à atual, já que, caso ela tivesse criado a Rede Sustentabilidade, não teria a estrutura que o PSB tem e vem lhe oferecendo, estrutura que é infinitamente maior que a oferecida pelo PV nas eleições de 2010. Se tivesse ficado no PV, hoje, ela teria uma estrutura deficitária, haja vista que Eduardo Jorge tem 1 minuto e 10 segundos apenas na TV, não dá pra fazer nada.

Eu disse também na referida coluna que Marina entra na corrida com duas vantagens em relação ao falecido Campos e o próprio Aécio Neves, que vinha figurando como segundo colocado nas pesquisas com uma grande chance de disputar o segundo turno com Dilma, antes da entrada de Marina na disputa. As vantagens seriam o fato de Marina ser mais conhecida, ter disputado as eleições de 2010 a torna mais conhecida que os dois nomes citados, como o momento fica evidente que o povo quer votar contra o PT, só que o povo não estava depositando esse voto tanto em Aécio, quanto em Eduardo Campos, em razão de não conhecerem nenhum dos dois.

Com esse fator, conhecimento, depois história. A história de Marina se confunde com a da maioria do povo brasileiro, de sofrimento, muita luta para sobreviver, várias intempéries enfrentadas ao longo da vida, sem dúvida, o povo brasileiro vem se identificando com a história dela.

Caso se confirme a vitória de Marina Silva em 5 de outubro, será o fim do ciclo petista no Brasil, fenômeno que pode se repetir em diversos Estados, entre eles, a Bahia, que caminha para uma vitória de Paulo Souto ainda no primeiro turno.

O fim do ciclo petista pode significar, como diz Aécio Neves, o fim de um projeto de poder para o início de um projeto de governo. O PT não quer o bem dos cidadãos brasileiros, o PT quer se perpetuar no poder, tanto que os maiores ídolos petistas, são os grandes ditadores da história recente, o PT só não implanta uma ditadura no Brasil em razão de algumas pessoas, que ainda resistem ao projeto de poder que o PT tenta implantar.

Bom, ainda teremos pouco mais de 30 dias na disputa eleitoral, se nenhum fato novo acontecer até lá.  Eu acredito piamente que Marina Silva deverá ser a nova presidente do Brasil, com uma vitória esmagadora. Só para que fique bem claro, eu não voto em Marina, mas, se eu enxergar nela a possibilidade de derrotar o PT, pode ter certeza farei do meu voto o chamado voto útil.

Boa semana a todos.

Jotta Mendes é radialista e Repórter


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