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Na Bahia, o quadro está se definindo

21/07/2014 - 19h17

FOCO NO PODER

Por Dilvan CoelhoFoco no poder Dilvan

Saiu as primeiras pesquisas pós-Copa

Tanto o Instituto Data Folha, como o Sensus divulgaram as pesquisas realizadas pós-Copa do Mundo. Ambas mostram que se a eleição fosse hoje haveria segundo turno com Dilma e Aécio empatados. Para Dilma, o pior é que na avaliação do governo o ótimo/bom está com 32% e ruim/péssimo com 29%. De acordo com estudos estatísticos, toda vez que o governante chega à véspera da eleição com uma avaliação positiva abaixo de 50%, corre sério risco de perder. Como a avaliação positiva do governo atual em junho de 2013 era de 65%, significa que Dilma vem perdendo densidade eleitoral.

Na Bahia, o quadro está se definindo

Na primeira pesquisa divulgada oficialmente antes da Copa, Paulo Souto aparecia como franco favorito. O candidato da base aliada do governo, Rui Costa, com baixo desempenho. Entretanto, o governador Jaques Wagner apostou todas as fichas no apoio da presidenta Dilma e de Lula para alavancar a candidatura governista. Mas, a presidenta não está com musculatura suficiente para garantir a reeleição. Ela entrou no período eleitoral correndo o risco de perder, com isso, não ajuda a arrastar nenhum candidato a governador petista nos Estados.

Motivação dos eleitores para votar

Estudos feitos pelo Ibope mostram que o eleitor está desmotivado para ir às urnas. Se a eleição fosse hoje, mais de 50% dos eleitores não compareceria às urnas se o voto não fosse obrigatório. Na realidade, o eleitor está enjoado da política e dos políticos, principalmente das velhas práticas e das promessas não cumpridas. Ele se sente ludibriado e perdeu a esperança que sua vida possa melhorar com as ações de quem ocupa os cargos públicos. Com o alto nível de informação, o eleitor evoluiu e o político ficou parado no tempo. Isso está acontecendo, sobretudo, devido à internet, que leva a informação em tempo integral.

Novas práticas políticas

O eleitor cansou das velhas práticas políticas e passou a ser mais exigente, principalmente quanto à melhoria da qualidade de vida, querendo e reivindicando mais saúde, educação e segurança. Além de o político levar suas propostas, é preciso que tenha credibilidade para que o eleitor confie no que ele fala ou promete. O candidato precisa ser conhecido e deve ser identificado por uma razão de voto, para depois ser comparado e votado. Não se corre mais atrais do eleitor, ele deve ser atraído por causas geradoras de esperança através das novas técnicas de comunicação. Na próxima eleição as redes sociais irão ter um peso muito grande.

O fechamento da Azaleia em Itapetinga

A região do Sudoeste da Bahia, na microrregião de Itapetinga, está sofrendo com o alto índice de desemprego. Tudo porque a Azaleia, que chegou a gerar 22 mil empregos em diversas cidades, hoje reduziu suas atividades e está somente com cerca de 6 mil empregos. Uma das consequências é o nível de violência que aumentou drasticamente. Com a falta de opção para o trabalho, os jovens enveredam pelo caminho da droga e da violência. A solução para minimizar o problema passa por medidas preventivas como as políticas públicas de inclusão social e a busca de alternativas para um desenvolvimento sustentável da economia regional, quebrando a monocultura extensiva da pecuária

A minha pequena e querida Maike

Sou natural de Maiquinique, uma pequena cidade do Sudoeste da Bahia próximo a Itapetinga, hoje com cerca de 10 mil habitantes. Costumo dizer que quando volto a minha cidade revejo a criança que deixei lá um dia. Revejo as mesmas ruas, as mesmas casas que passei a minha infância, até que um dia sai para estudar em Itapetinga ainda com 11 anos de idade e fazer o curso ginasial. Me lembro ainda das minhas primeiras professoras, como a mestre Diola, que me ensinou as primeiras letras do alfabeto, e a professora Magdá, que me levou até o quarto ano primário, aonde comecei a aprender a história do Brasil e tomei gosto pela política devido a influência de meu pai, que foi vereador quando Maiquinique pertencia ainda a Macarani. Que saudade da minha infância querida, daqueles tempos que não voltam mais!


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