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Quantos processos João Bosco está disposto a mover para calar os críticos do seu desgoverno?

16/11/2014 - 18h55
Coluna Pensando com Coragem

Amigo, antes de mais nada quero lhe desejar uma semana abençoada, debaixo da graça de Deus, para que tudo possa dar certo em sua vida.

Essa semana, os bastidores da política teixeirense comentaram os direitos de respostas obtidos pelo coronel Bartolomeu Correia Calheiros e o prefeito João Bosco, após um acordo no Juizado Especial Civil, em um processo que os dois moviam contra Tyago Ramos e Uldurico Pinto.

Cada um teve direito a 15 minutos, sendo que o coronel usou seu tempo na segunda-feira, 10 de novembro; o prefeito, na terça-feira, 11. A tática utilizada pelos dois no direito de resposta ficou parecendo quando bandidos combinam depoimentos à polícia, acusam e ameaçam outros para tirar ‘o deles’ da reta.

Tanto o coronel quanto o prefeito partiram para a acusação contra Uldurico Pinto, todas sem qualquer respaldo jurídico, apenas com a intenção de desviar o foco, afinal, desviar é o que eles mais têm feito.

Outro ponto forte do direito de resposta foi o tom ameaçador usado por ambos, que disseram para todos ouvirem que vão processar quem ousar questionar o desgoverno do dublê de prefeito João Bosco e a falta de ação do inoperante secretário Calheiros, que ocupa a pasta de Segurança com Cidadania.

Em resumo, a fala dos dois se resumiu a isso: acusar e ameaçar processar.

Pelo visto, nada adiantou o tom ameaçador utilizado pelo dois, porque bastou eles largarem o microfone da rádio para que os ouvintes continuassem a questionar a falta de ação, tanto do dublê de prefeito como do secretário. A voz rouca das ruas foi unânime em questionar a falta de obras em toda cidade.

O povo continua questionando a falta de coleta regular do lixo, onde é pago um absurdo, mas, que em alguns pontos da cidade apenas os urubus têm feito regularmente o trabalho de coleta, já quem deveria recolher o lixo tem recolhido apenas o dinheiro do povo.

As ruas esburacadas são outro ponto questionado pelo povo, que não aguenta mais a falta até do serviço de patrolamento, que não tem sido feito, ou, quando é feito, é de maneira desordenada, deixando as ruas piores do que estavam.

A falta de iluminação é outro ponto duramente questionado pelo povo, obrigado a viver na penumbra, ficando vulnerável à criminalidade, que parece que fechou um convênio com a prefeitura, tipo: “A prefeitura não coloca lâmpadas nos postes, e os larápios mandam brindes pros responsáveis”.

O tom ameaçador usado pelo prefeito e o coronel parece que não vai intimidar a grande massa, que está disposta a cobrar, de forma ainda mais veemente, ações que possam melhorar a vida das pessoas.

Apesar do desgaste gerado após o direito, sem resposta, o prefeito e seus bajuladores ainda ficaram cantando vitória, mesmo ficando nítida a falta de objetivo da atual administração, que, ao invés de ouvir os reclames do povo, vai pelo caminho inverso, fazendo tudo que o povo não aprova.

Aí, eu pergunto: “Quantos processos João Bosco está disposto a mover para calar os críticos do seu desgoverno?”.

Por que, pelo visto, terão que mover, no mínimo, 50 processos por dia, não apenas contra a imprensa que se mantém de forma independente e ousa questionar a administração, mas, também, contra o povo, que, cansado, de sofrer, tem abrido o verbo nos programas de rádio que dispõe os microfones à participação dos ouvintes.

Como diria o ditado: “Quem processa, não mata”, processo é o meio jurídico de tentar resolver as questões.

O que fica chato é a judicialização da administração, que, com isso, tem abarrotado a Justiça, que deveria se preocupar em resolver os problemas de muitas pessoas que precisam dela, no entanto, fica parando em razão de um dublê de prefeito, que agora acha engraçado toda semana ter, no mínimo, 5 audiências contra quem ousar questionar seu desgoverno.

Se o dublê de prefeito pretende com isso calar quem ousar questionar seu desgoverno, podem dizer a ele que para o bem do povo e felicidade geral dos cidadãos, não me calarei, não me curvarei diante das ameaças, tampouco dos processos movidos contra mim. Não tenho medo de processos. “Se processo fosse dinheiro, eu era milionário”.

Podem mover quantos processos quiserem, só peço uma coisa, não façam comigo o que fizeram com Gel Lopes.

Enquanto tiverem me processando, responderei todos os processos de cabeça erguida, não me curvarei diante das ameaças.

Agora, se fizerem comigo o que fizeram com Gel Lopes, aí sim vocês conseguirão me calar, no entanto, poderá calar minha voz, quem sabe meu dedo, porém, os questionamentos que ora faço, continuarão sendo feitos por outros que surgirão.

De Gel Lopes tiraram o direito de abraçar sua única filha mulher, já que ele morreu em 27 de fevereiro e a criança nasceu em 12 de outubro.

Se fizer a mesma coisa comigo, me tirarão o direito de continuar acompanhando o crescimento dos meus filhos.

Por isso, eu peço: “me processem quantas vezes quiser, só não ousem fazer comigo o que fizeram com Gel Lopes”.

Forte abraço, até a próxima semana.

Jotta Mendes é radialista e repórter


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