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Cortes no Orçamento vão afetar símbolos do governo petista

11/02/2016 - 20h53
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Até aqui, somente o programa Bolsa Família está escapando da tesoura no governo Dilma. Outros programas sociais que serviram de bandeira do governo e foram exaltados na campanha eleitoral de 2014 vão sofrer duros cortes.

O Ciência sem Fronteira, que paga uma bolsa de estudos para o universitário cursar o período de um ano em universidades de outros países, será  mantido apenas com o pagamento da bolsa de estudos para os universitários que já estão no exterior e mais um ou outro caso, e nada mais. Também o Pronatec e o Brasil Sorridente foram atingidos pelos cortes no orçamento deste ano.

Mesmo já tendo definido o tamanho do  corte, que  deve ficar em R$ 24,9 bilhões, o governo decidiu adiar o anúncio do contingenciamento deste ano.

E por duas razões: a primeira, que está notando queda mais elevada que o previsto na arrecadação de impostos, o que exigiria um sacrifício ainda maior. E, por outro lado, o governo quer preparar novas medidas que possam transmitir segurança de que continuará perseguindo a ideia de fazer superávit, ainda que não consiga isso neste ano.

Ministros da Junta Orçamentária (Casa Civil, Fazenda e Planejamento) têm feito sucessivas reuniões com a presidente Dilma para definir o tamanho do corte, onde incidirá e quando o governo deve anunciar a decisão.

O anúncio, que estava previsto para esta sexta-feira (12), deve ficar mesmo para 22 de março, o prazo limite.

Até esta quinta-feira, o governo trabalhava para definir logo os cortes por considerar que seria mais fácil para os ministros adequarem os programas à nova realidade orçamentária.

Com o prazo de pouco mais de um mês, o governo pretende encaminhar ao Congresso medidas como a de fixar um teto para as despesas da União, se precavendo, inclusive, em períodos de alta arrecadação para que não sejam criadas novas despesas continuadas.

A dificuldade do governo em fazer os cortes está no fato de o Orçamento deste ano estar “bem enxuto”, nas palavras de um ministro, muito semelhante ao do ano passado que também sofreu duros cortes.

Os ministros voltam a lembrar que mais de 90% do orçamento são gastos para pagar despesas vinculadas – e aí não há como fazer cortes. Toda a economia precisa ser feita em 8,5% do orçamento, o que reduz a margem de ação do governo.

Fonte G1


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