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Floresta digital: manejo de formigas na palma da mão

06/12/2017 - 17h39

Sistema de precisão e monitoramento georreferenciado aprimoram a gestão do controle de formigas, aumentando sua eficácia

Dependendo da intensidade, um ataque de formigas pode causar danos severos ou até matar um plantio florestal. Controlar essa praga, portanto, é um desafio para o cultivo de florestas, mas o uso da tecnologia de precisão vem contribuindo para que esse controle seja cada vez mais efetivo nos plantios da Fibria.

Com a nova tecnologia embarcada (computadores de bordo) em um trator agrícola que percorre áreas florestais, a empresa vem aprimorando a gestão do controle de formigas e reduzindo a necessidade de intervenções com o uso de defensivos.

A operacionalização do sistema teve início na Unidade Aracruz, em 2016, e hoje vem sendo utilizada em todas as unidades da empresa. “Cada vez mais, o uso de tecnologias embarcadas vem contribuindo para aprimorar o manejo florestal e a gestão dos processos operacionais da empresa, colocando a Fibria na vanguarda de utilização de recursos digitais na área florestal”, afirma o gerente de Silvicultura da empresa, Rodrigo Zagonel.

O sistema consiste em um software que permite à empresa acompanhar todos os resultados, na palma da mão, por meio de um Smartphone ou tablet. É possível verificar se a isca formicida foi aplicada em determinado formigueiro, quando, qual a dose aplicada e se o controle foi eficaz. “O acompanhamento é feito a partir de dados georreferenciados, que permitem mapear as doses aplicadas, identificar e monitorar cada intervenção feita nos plantios”, salienta o técnico de Proteção Florestal Corporativa, Marcos Antonio de Carvalho.

Totalmente mecanizada, a operação de controle facilita a gestão do processo, com a identificação e correção de eventuais desvios. O sistema oferece ganhos em eficiência, qualidade e eficácia, além de redução de custos, já que a gestão bem-feita reduz a necessidade de intervenções. “Em média, na Fibria, com base na realização de monitoramentos florestais e também georreferenciados, cerca de 55% das áreas não precisam de intervenções anuais para controle de formigas, como praticado na maior parte do Brasil”, explica Edmilson Bitti, coordenador da Proteção Florestal Corporativa.

O que determina a necessidade de intervenção ou não é o nível de infestação e o porte da floresta. Melhorando a eficiência no controle, a empresa consegue reduzir cada vez mais as intervenções, o que representa ganhos financeiros e ambientais. “A tecnologia contribui para melhorar a gestão e garantir a performance operacional”, observa Edmilson.


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