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“Minha Casa Minha Vida”: CAIXA não assina contratos e clientes podem ficar sem casa própria

02/05/2016 - 14h58

CAIXA

Muitos clientes que planejaram e deram entrada no processo para obter uma casa financiada pela Caixa Econômica Federal de Teixeira de Freitas, podem ficar sem realizar o sonho da moradia própria devido a demora do banco em assinar os contratos.

Um site local foi procurado neste domingo, 1ª de maio, e recebeu uma denúncia sobre o atraso nas assinaturas.

De acordo o denunciante, o dia 29 de abril foi a data final das regras antigas do Programa Minha Casa Minha Vida.

As regras funcionavam da seguinte forma, o cliente que possuísse mais de 3 anos de carteira assinada poderia entrar sozinho no financiamento adquirindo uma taxa de juros de 4,5% ao ano, e se a renda fosse inferior a R$ 1.600 ou igual a esse valor, ele ganharia o subsídio máximo de 17.960.

Com as mudanças que começaram a valer no primeiro dia de maio, o cliente só conseguirá dar entrada no processo de financiamento com acompanhante, isto com a queda de subsídio e aumento na taxa de juros.

O problema é que por conta do atraso nas assinaturas dos contratos com as regras antigas, clientes que já tinham seus imóveis escolhidos e adquiridos e aguardavam apenas os processos que já haviam sido entregues nas agências 1131 (em frente ao Shopping Teixeira Mall) e 9 de Maio (em frente ao Detran), poderão ficar sem as casas.

Também houve casos em que os clientes sofreram prejuízos, porque segundo a denúncia, os engenheiros responsáveis pela análise da proposta, negaram alguns laudos que são pagos a vista e custam R$ 400,00.

Quando o primeiro laudo é negado, é necessário o pagamento de uma segunda taxa no valor de R$ 700,00.

De acordo com os clientes, as modificações necessárias apontadas pelos engenheiros da Caixa foram feitas, mas as agências demoraram em repassar as informações para AGEHAB que é um setor de engenharia da Caixa.

A demora acarretou no atraso da superintendência de Itabuna em encaminhar os laudos para as agências de Teixeira de Freitas, que quando procuradas, informaram aos clientes que o superintendente Luiz Carlos não atendia as ligações para dar uma explicação.

As agências foram procuradas na última sexta-feira (29), e os clientes chegaram a passar toda a toda a tarde no local e somente no final do dia foram informados que os processos continuavam sem as assinaturas. Eles exigem algum tipo de explicação para todo o transtorno e querem que a contrato seja assinado com dentro das antigas regras do programa federal. A informação obtida até o momento, é que os funcionários das agências não teriam concluído os processos.

Alguns clientes já adiantaram parte do pagamento aos construtores.

Caso os contratos não sejam assinados, não há quaisquer garantia da devolução do dinheiro.

Corretores de imóveis indignados clamam para a realização do sonho dos clientes, “não é um calçado novo que compra e guarda em um lugar, é o sonho de ter um canto para morar onde possa chamar de seu, de construir uma família, de dar um teto para os filhos, e infelizmente foi tratado com descaso”.

Nesta segunda-feira (02), o banco dará uma posição final a respeito do caso, mas de acordo com os gerentes, nada poderá ser feito. A expectativa dos clientes é que mesmo com a informação passada pelo banco, o superintendente aceite e assine os contratos com a modalidade antiga.

Tentamos contato por telefone com as agências locais, mas fomos comunicados que as informações só poderão ser respondidas via ofício, que será encaminhado para a superintendência de Itabuna.

A equipe de reportagem também tentou contato por telefone com a Superintendência de Itabuna, mas a ligação não é completada quando transferida para o gerente, Luiz Carlos.


Siara Oliveira/SBN


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