Destaque

151 dias depois: o silêncio da Justiça sobre o caso Gel Lopes

27/07/2014 - 17h10
Justica morte Gel Lopes

O fatídico 27 de fevereiro de 2014 aos poucos vai caindo no esquecimento, este foi o dia em que criminosos executaram sem dó nem piedade o jornalista e ex-vereador Jeolino Lopes Xavier, o “Gel Lopes”, de 44 anos, na rua da Saudade, no Bela Vista, região central de Teixeira de Freitas.

Gel Lopes foi executado de forma cruel (4)

O crime que aconteceu na véspera de carnaval vai aos poucos sendo esquecido e silenciado por aqueles que deveriam investigar, até para dar uma resposta à sociedade e mostrar que o crime não compensa.Gel Lopes foi executado de forma cruel (1)

Um jornalista foi executado, estando no momento do crime dentro do veículo padronizado da empresa em que trabalhava, que por ironia do destino lhe pertencia, sendo alvejado com seis tiros de pistola 9mm, praticamente à queima-roupa.Gel Lopes2

No dia seguinte ao homicídio, o delegado Marcus Vinícius, coordenador da 8ª Coorpin, chegou a dar declarações dizendo que cerca de 80% do crime estavam esclarecidos, mas, passaram-se os dias e os 80 % viraram pó, a Polícia Civil nem toca mais no assunto.“Caso Gel Lopes” delegado fala sobre investigação diz que HD com imagens foi apreendido (2)

Até hoje a única vez que a Polícia Civil falou sobre o caso foi em 30 de abril de 2014, quando numa entrevista coletiva o delegado Marcus, ladeado pelos delegados Marco Antônio Oliveira da Neves e Kleber Eduardo Gonçalves, falou sobre o caso; na época o crime tinha 63 dias que havia ocorrido.

A fala dos delegados serviu apenas para descartar as hipóteses de crime passional, ou, tráfico de drogas, duas suposições que desde o primeiro momento não encontraram subsídios, haja vista o aparato usado para cometer o crime.“Caso Gel Lopes” delegado fala sobre investigação diz que HD com imagens foi apreendido (4)

Mas, o tempo passa e o silêncio fica, a polícia não fala nada, o Ministério Público não se manifesta, os que deveriam cobrar, se calam, e o crime vai ficando esquecido.

A direção do “Repórter Coragem” já tomou uma decisão: continuará cobrando, nem que sejamos considerados como o beija-flor que sozinho queria apagar o incêndio da floresta, mesmo que muitos considerem que nossa cobrança é em vão, continuaremos cobrando, se o crime será esclarecido, isso aí não está em nossa alçada saber, mas, se você se perguntar o porquê de fazermos isso. Leve consigo a resposta do beija-flor, “estamos fazendo nossa parte”.

Por Jotta Mendes/Repórter Coragem


Deixe seu comentário