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Após exame de DNA, tio é preso suspeito de matar meninas na Zona Leste de SP

16/11/2017 - 10h04

O tio de uma das meninas achadas mortas dentro de uma van, no Dia das Crianças, na Zona Leste de São Paulo, foi preso pela polícia após a perícia encontrar sêmen na camiseta de uma das vítimas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (16) pelo Bom Dia Brasil, que teve acesso exclusivo ao inquérito do caso.

Thiago Henrique Oliveira Santos, de 27 anos, foi detido em 31 de outubro por suspeita de participar do sequestro, estupro e assassinato da sobrinha, Beatriz Moreira dos Santos, a Bia, e da amiga dela, Adrielli Porto, a Mel, ambas de 3 anos de idade.

Mesmo diante do exame de DNA da perícia apontar presença de material genético de Thiago na roupa de Bia, o tio nega os crimes. Alega que tinha o costume de se limpar com as roupas espalhadas na casa onde morava com a mulher, o filho, a mãe e a sobrinha.

Ele disse que, no dia em as meninas desapareceram estava em casa cuidando do filho e não se lembra como Bia estava vestida.

Além de Thiago, mais dois homens estão presos temporariamente pelo mesmo crime: o motorista Marcelo Pereira de Souza, de 37, e o pintor Everaldo de Jesus Santos, 53. Desses, somente Marcelo confessou o envolvimento nos crimes, segundo a polícia. Everaldo também alegou inocência.

Reconstituição

A Polícia Técnico-Científica marcou para às 11h desta quinta-feira (16) a reconstituição do caso para que a Polícia Civil possa ter elementos que apontem quem dos três suspeitos está falando a verdade.

Mel e Bia moravam no Jardim Iapena e desapareceram no último dia 24 de setembro quando brincavam perto de casa. Familiares chegaram a pregar cartazes em postes com fotos das duas. Os corpos foram encontrados dentro de um furgão abandonado no dia 12 de outubro. O veículo havia sido roubado em 2013.

Marcelo e Everaldo foram presos no dia 20 de outubro após a mulher do motorista contar que o marido e os comparsas dele tinham sequestrado, estuprado e matado as crianças.

Os dois homens foram torturados no dia 15 de outubro por criminosos do bairro onde as meninas moravam. Resgatados pela Polícia Militar (PM), na época, eles negaram na delegacia ter cometido o duplo homicídio.

O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, descartou a possibilidade de as meninas terem entrado na van e se trancado. Peritos da Polícia Técnico-Científica realizaram diversos exames nos corpos, que concluíram que as duas foram assassinadas.

Para chegar a identidade dos suspeitos pelos crimes, a perícia analisou mais de cem impressões digitais encontradas em roupas, papéis, na lataria e nos vidros do carro.

 

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