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Mais dois da família São Leão são absolvidos no Tribunal do Júri em Itanhém

22/04/2014 - 19h26
Gean Prates deixando foro como irmaos sao leao

O juiz de direito Ricardo Costa e Silva, presidiu nesta terça-feira (22/04), o segundo júri popular do ano, na comarca de Itanhém. Desta feita, sentaram no banco dos réus, o ex-vereador e escritor Juarez Borges São Leão, 56 anos, e o sobrinho dele, Marcos Vinícius de Jesus São Leão, 25 anos, pela acusação de participação no homicídio do sargento da reserva da Polícia Militar da Bahia, Antônio Carlos Borges da Silva, 56, ocorrido no dia 30 de março de 2010. Os outros dois acusados, Wilson Borges São Leão e Durval de Jesus São Leão, que confessaram ter matado o policial para vingar a morte do patriarca da família, tinham sido absolvidos anteriormente. Juarez e Marcos Vinícius entraram com recursos e, por isso, não foram a júri juntamente com Durval e Wilson.

O promotor de justiça Fábio Fernandes Corrêa, que representou o Ministério Público, falou por 41 minutos na acusação e pediu a condenação dos réus, com base no depoimento de um policial, também da Polícia Militar da Bahia, que estava na cena do crime e que chegou a ser alvejado. O policial afirmou, categoricamente, que Juarez participou da emboscada cinematográfica que matou o sargento Borges. Testemunhas, entretanto, disseram que Juarez, que na época era vereador, estava na sede da Câmara Municipal, na Praça Castro Alves, no centro da cidade de Itanhém, onde permaneceu por cerca de três horas e que de lá só saiu quando foi informado do episódio.

O advogado criminal Gean Prates, que atuou na defesa dos réus auxiliado pelo estagiário Benielton de Souza Augusto, argumentou que o policial se equivocou ao reconhecer Juarez na cena do crime e disse que ele próprio já confundiu os irmãos São Leão que, segundo ele, são muito parecidos caracteristicamente. Durante o seu depoimento ao juiz presidente Ricardo Costa e Silva, o ex-vereador Juarez São Leão que por sinal é bacharel em direito, responsabilizou a Justiça, o Ministério Público, a Polícia Militar e até o Governo da Bahia pelo episódio que culminou com a morte do pai dele e do sargento Borges. “Bati à porta de todos e a resposta que recebemos foi o silêncio”, disse. No veredicto, no final da tarde desta terça-feira (22), o juiz Ricardo Costa e Silva, anunciou absolvição dos acusados Juarez Borges São Leão, 56 anos, e o sobrinho dele, Marcos Vinícius de Jesus São Leão, 25 anos, tendo em vista que os 7 jurados que representaram a vontade da sociedade no conselho de sentença, votaram em maioria na tese da defesa, que pediu a absolvição dos acusados.

Por Edelvânio Pinheiro/Radar58


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