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Médico que fez o parto da jornalista que faleceu no Prado é especializado em oftalmologia

26/05/2016 - 17h57
Mônica Dallapicola (2)

A morte da jornalista Mônica Dallapícola tomou repercussão regional, quando no dia 27 de abril deste ano, durante o procedimento médico de parto cesáreo e laqueadura, no Hospital da Associação Beneficente São Pedro (ABESP), ela veio a óbito. O esposo Diógenes Marques Cunha, inconformado com a perda prematura, buscou mais informações sobre o caso, e ele descobriu que o médico que fez o parto é especializado em oftalmologia, e já está tomando as devidas providências. O médico que realizou o parto da Mônica, o Dr. Victor Orlando da Rocha Macedo formou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no ano de 1981.

Mônica Dallapicola (1)

No estado carioca, o CRM dele é o 384524/RJ, e trabalhava como oftalmologista. Em Alto Paraíso de Goiás atuou como médico clínico geral, sob o CRM 10679/GO, mesma função desempenhada no Distrito Federal, com o CRM 14732/DF. Na Bahia, o CRM de Dr. Victor Macedo é o 25710/BA e não consta registro de especialidade. Em virtude da repercussão da morte da jornalista, o médico foi afastado do cargo de obstetra, que ocupava no município do Prado. De acordo com a Secretaria de Saúde de Itamaraju, o médico, que atuava como clínico geral, também não está mais atuando.

Victor Orlando da Rocha Macedo

Há cerca de um mês, Victor Orlando da Rocha Macedo começou a trabalhar em Porto Seguro, como pessoa jurídica, e lá, assim como em Eunápolis, continua atuando como médico obstetra. “Salta aos olhos a falta do registro da especialidade médica Obstetrícia no cadastro dele, junto ao Conselho Federal de Medicina. Um erro ou a falta da especialidade, de fato? Não sendo especialista nessa área, jamais poderia realizar os procedimentos que, há anos, desempenha e, tudo indica, foi fundamental no procedimento que levou à morte da minha esposa”, disse o esposo.

Diógenes ainda ressalta que a vida de muitas outras pessoas podem ter se perdido e, por falta de informação, famílias ainda choram caladas em relação à triste estatística de erros médicos. Denunciado no Conselho Federal de Medicina (CRM), no Ministério da Saúde e na Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), o médico ainda deve responder a processo criminal de homicídio culposo.

Fonte Liberdadesnews


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