Destaque

Mesmo com morte cerebral constatada, família decide lutar pelo jovem Yuri

24/04/2017 - 16h30

Yuri Santana Neto (23 anos), é mantido respirando com ajuda de aparelhos. Ele teve a morte cerebral constada após sofrer um acidente na madrugada do último domingo (23), na BA 698.

Yuri voltava de um evento em Mucuri com amigos quando o motorista do carro em que ele estava perdeu o controle da direção e capotou na rodovia.

   De acordo com informações repassadas para a Polícia Rodoviária Estadual, o jovem viajava no banco de trás e não usava o cinto de segurança, sendo arremessado para fora do veículo.

Por falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Teixeira de Freitas, ele foi levado para Hospital Meridional em São Mateus, onde sofreu a morte cerebral.

Familiares do jovem decidiram manter a aparelhagem que auxilia na respiração ligada e juntamente com amigos da vítima, iniciaram nesta segunda-feira (24), correntes de oração em igrejas no distrito de Posto da Mata e município de Teixeira de Freitas na interseção por um milagre.

Esperança

No ano de 2008, um adolescente se recuperou totalmente após ter morte cerebral diagnosticada por quatro médicos em Coventry, no Reino Unido. Os especialistas consideraram na época, o caso de Steven Thorpe realmente único”.

   Thorpe, então com 17 anos, estava com dois amigos em um carro que se envolveu em um acidente. Um dos amigos morreu e o adolescente acabou em coma induzido em um hospital da cidade.

Os médicos afirmaram que o jovem teve morte cerebral e chegaram a perguntar aos pais se queriam doar os órgãos. Foi o pai de Thorpe que insistiu para os médicos refazerem os exames porque acreditava que seu filho sobreviveria.

Outro Caso

Em 2015, uma criança diagnosticada com “morte cerebral”, após um quadro avançado de meningite sobreviveu depois que seus pais decidiram desligar os aparelhos que o mantinham vivo. O caso aconteceu na Inglaterra.

Segundo o Daily Mail, os pais de primeira viagem, Samantha Baker e Adam Ellmer, receberam a notícia que Harrison Ellmer estava com meningite com apenas três semanas de vida. Poucos dias depois, a infecção havia se espalhado e o menino já não tinha mais chance de vida.

   Após decidirem desligar os aparelhos de Harrison Ellmer, o casal se surpreendeu com o fato do bebê ainda continuar respirando. Os médicos disseram a Samantha Baker e Adam Ellmer que mesmo assim a criança não tinha atividade cerebral e não poderia andar, falar ou se alimentar.

Desafiando o diagnóstico da medicina, o “bebê milagre”, como é conhecido, atualmente está com três anos e exerce normalmente todas as atividades para uma criança de sua idade.


Uinderlei Guimarães/Sulbahianews


Entenda o caso:



Deixe seu comentário