Operação da Polícia Federal prendeu 16 contadores entre eles um vereador no extremo sul
27 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva foram cumpridos na manhã de sexta-feira, 27 de março, durante a ação de uma força-tarefa previdenciária integrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério da Previdência Social.
A ação aconteceu em Porto Seguro, Itabela, Teixeira de Freitas, Itamaraju e Prado, onde foram apreendidos equipamentos e documentações que serviram para à instrumentalização das fraudes investigadas.
Segundo a Polícia Federal, os investigados, contadores e técnicos de contabilidade estariam gerando e transmitindo GFIP’S (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações Previdenciárias) falsas, inserindo vínculos trabalhistas inexistentes e renumerações falsas, que alimentariam o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) com dados inverídicos, visando a obtenção de benefícios previdenciários indevidos. As fraudes já teriam gerado um prejuízo de R$ 2.300.000,00 ao INSS.
A Polícia Federal ainda não divulgou o número exato de alvos detidos na operação, em Porto Seguro, o vereador Antônio Geraldo Ferreira do PSB, também conhecido como “Geraldo Contador”, foi conduzido para a sede da Polícia Federal.
A Conect em Itabela foi um dos alvos Polícia e o proprietário do estabelecimento, o contador Dionísio Souza do Carmo, foi detido. Já em Teixeira de Freitas, o contador, Adelson Alves Novais, proprietário da Somar Contabilidade, foi surpreendido pelos policiais em sua residência por volta das 6 horas.
Os demais alvos da operação Operação Pacioli, uma referência a Luca Bartolomeo de Pacioli, monge franciscano e célebre matemático italiano, considerado o pai da contabilidade moderna são: Adenir Alves da Silva, Amiron Rodrigues de Souza, Antônio Amâncio Santana, Gidevaldo Ferreira Couto, Ginaldo Oliveira de Souza, José Carlos da Silva Ribas, Luiz Carlos de Oliveira Souza, Nonato Moreira de Almeida, Raimundo Nonato Cruz de Almeida, Rogaciano Giacomini dos Santos, Romildo Lopes, Rosângela Alves de Souza Ferreira, Ruy Amado Barros e Utembarre Barbosa da Silva.
Eles serão indiciados pelos crimes de falsidade ideológica, falsidade material e estelionato qualificado, cujas penas podem alcançar até 18 anos de prisão.
A operação também inclui medidas cautelares da Justiça Federal de Teixeira de Freitas, tais como bloqueio dos pagamentos e suspensão dos benefícios ativos, suspensão do certificado digital, suspensão da atividade econômica dos investigados e bloqueio de bens e valores.
Os apreendidos foram levados para Teixeira de Freitas e onde estão sendo ouvidos, alguns deles embarcaram ainda na sexta-feira, em um avião da Polícia Federal no aeroporto 9 de Maio, o destino dos conduzidos ainda não foi divulgado.
Fonte Sul Bahia News