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Polícia Militar já agrediu 5 jornalistas em janeiro

01/02/2015 - 11h37

O primeiro mês de 2015 nem terminou e já acumula cinco agressões contra profissionais da imprensa. A violência partiu da polícia de São Paulo, que nos últimos dois anos foi responsável pela maior parte das agressões contra comunicadores no Brasil. As informações são da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O caso mais recente aconteceu nesta semana, quando o Movimento Passe Livre (MPL) realizou o quinto ato contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo. Na ocasião, o repórter da TV Estadão, Fernando Otto, foi atingido por uma bala de borracha da PM. O jornalista só não se machucou por que o tiro atingiu seu celular, que estava no bolso. O aparelho ficou destruído.

Na sexta-feira, 23 de janeiro, outro profissional do Estadão passou por situação similar. Edgar Maciel estava no quarto protesto contra a tarifa do transporte e foi vítima de um tiro de bala de borracha, que acertou sua perna esquerda. Ele levou três pontos no ferimento.

Outros nomes que entram para está lista são: o fotógrafo freelancer Matheus José Maria, que, segundo a Abraji, levou golpe de cassetete nas costas mesmo após acatar a ordem da PM, e o jornalista Thomas Dreux Miranda, que trabalha para o blog Xadrez Verbal e foi atingido no tornozelo por estilhaço de bomba.agredido

Levantamento Fenaj

Desde que as manifestações começaram, em 2013, policiais têm sido os maiores responsáveis por agressões contra a imprensa. A afirmação foi revelada pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), que anualmente publica o Relatório de Violência e Liberdade de Imprensa. Em 2014, a polícia foi responsável por 62 casos de violência, o que representa 48,06% do total. “Também repetindo um fenômeno iniciado em 2013, manifestantes aparecem em segundo lugar entre os principais agressores da categoria, junto com os políticos (ou seus prepostos e parentes) que, historicamente, figuravam no topo da lista”, mostrou o levantamento. Além disso, São Paulo e Rio de Janeiro são os estados mais perigosos para o exercício da profissão no Brasil.

Fonte Portal Comunique-se


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