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‘Presídio não é hotel’, diz secretário de Justiça do RN

10/01/2017 - 15h28
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O secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte, Wallber Virgolino, cobrou regras mais rígidas no regime penitenciário brasileiro, que há duas semanas enfrenta uma crise de grandes proporções por conta das condições precárias do sistema prisional.

   “Presídio não é hotel, e preso não é hóspede. Tem que ser tratado como preso, como acontece no Japão, nos Estados Unidos”, afirmou Virgolino ao jornal O Globo.

O secretário, que também é delegado de polícia, reforçou ainda que “o criminoso tem que se sentir criminoso”, sem benefícios.

   “Se você pegar a maioria dos presídios do Brasil vai encontrar televisão, frigobar, ar-condicionado. Isso não é um hotel, não?”, acrescentou.

Ainda segundo O Globo, Virgolino rebateu as afirmações de que os presídios brasileiros têm instalações precárias.

   “Aqui os doutrinadores comparam o sistema penitenciário com calabouço, mas o calabouço não tem ar-condicionado, não tem televisão, não tem ventilador, não tem ferro de engomar, frigobar, churrasqueira”, criticou o secretário, ressaltando mudanças em seu estado.

   “No Rio Grande do Norte, estou tirando tudo isso. Estou tirando ventilador, tudo, para o preso sentir. Se não, vai achar que pode tudo”, disse ele, destacando ainda questões como reeducação social.

   “A gente tem que encarar o preso como preso. Se a educação pecou, se os programas sociais pecaram, não é problema nosso. Estamos lá para custodiar”, finalizou Virgolino.

As declarações do secretário, que já trabalhou da administração penitenciária da Paraíba antes de ir para o cargo que exerce hoje no Rio Grande do Norte, vem à tona em meio a crise penitenciária no Brasil.



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