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Rodrigo Janot pede em parecer que STF mantenha prisão de José Carlos Bumlai

27/09/2016 - 16h37

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o STF (Supremo Tribunal Federal) mantivesse a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob justificativa de evitar a continuidade das práticas criminosas.

O pedido foi feito por meio de um parecer, entregue nesta segunda-feira (26). No texto, Janot destaca que o próprio relator, ministro Teori Zavascki, já rejeitou um pedido anterior de liberdade do executivo.

Segundo Janot, a defesa de Bumlai ataca a prisão preventiva do pecuarista, mas ele já havia sido condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e dez meses de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva.

José Carlos Bumlai

Janot avalia que há risco de repetição dos crimes, já que as práticas imputadas a Bumlai são “sistêmicas“, e lembrou que o pecuarista é réu em ação penal na Justiça Federal de Brasília por suposta tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato, junto com o ex-senador Delcídio Amaral e o ex-presidente Lula.

“A gravidade concreta dos delitos cometidos por José Carlos Costa Marques Bumlai mesmo após o início das apurações envolvendo todos os investigados no âmbito da Operação Lava Jato é extreme de dúvidas (…)Todos estes fatores apontam que a liberdade do paciente representa ainda sério e concreto risco para a ordem pública, e a custódia cautelar é fundamental para impedir a continuidade delitiva”, reforçou.

De acordo com o Broadcast Político, Janot também mencionou o estado de saúde do pecuarista e defendeu que não há necessidade de prisão domiciliar com o término do tratamento médico.


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