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100 dias de governo e os desafios para conseguir recursos na crise, que só começaram

30/04/2017 - 16h31

Ele tem saudade de dirigir, se sente como se estivesse em um casulo, e está surpreso com o seu novo trabalho é difícil. O presidente Donald Trump, na quinta-feira (27), refletiu sobre seus primeiros 100 dias no gabinete com um olhar sobre sua vida antes da Casa Branca.”Amava a minha vida anterior. Tinha tantas coisas acontecendo”, disse Trump em entrevista à Reuters. “Isso aqui é mais trabalho do que minha vida anterior. Pensei que seria mais fácil.”

Sendo um rico homem de negócios de Nova York, Trump assumiu um cargo público pela primeira vez quando entrou na Casa Branca no dia 20 de janeiro, depois de ter derrotado a ex-secretária de Estado, Hillary Clinton.

Trump disse que estava acostumado a não ter privacidade em sua “velha vida”, expressou surpresa pelo pouco que tem agora. E deixou claro que ainda estava se acostumando a ter proteção 24 horas do Serviço Secreto, com as restrições que isso acarreta.

“Você está realmente no seu pequeno casulo, porque você tem uma proteção tão grande que você não pode ir a lugar algum”, disse ele.

Aqui no Brasil, no dia 19 de abril, os prefeitos também completaram 100 dias de governo. Todo governante tem direito a cem dias, que é o tempo que se admite ser suficiente para colocar a casa em ordem e começar, efetivamente, a governar. Ocorre que o País está atravessando uma grave crise econômica, política e social, por isso, cem dias não tem sido suficientes para a grande maioria dos municípios brasileiros.

Aqueles prefeitos que usaram mão de ferro neste ínterim, evitando, assim, gastos para ter um controle das finanças, talvez, tenham conseguido fazer caixa para que, de agora em diante, comecem a gastar com investimentos, vai se dar bem, porém, aqueles que não procuraram ter o controle das contas, vão ter dificuldade para governar, dentre outras razões, porque os recursos federais e do estado não vão ser fáceis conseguir. A economia do mundo todo está em crescimento. Só existem três países que estão com a economia em queda: Brasil, Nigéria e África do Sul.

Se fizermos uma panorâmica nos municípios da nossa região, verificaremos que todos estão se esforçando para manter a folha de pagamento em dias e muitos correndo para Brasília em busca de recursos, mas, até o momento, ninguém conseguiu avançar na captação de recursos, porque o País está limitando todo tipo de gasto – e isso inclui investimentos em melhorias em todas as esferas. Temos duas grandes esperanças na região: conseguir avançar através dos consórcios, sendo que dois deles estão em ação, que é o da saúde e o consórcio construir, cujo presidente atual é o dinâmico prefeito Betão, de Lajedão.

No caso de Teixeira, o prefeito Timóteo Brito tem ido várias vezes a Brasília e, devido a seus contatos com políticos influentes, está muito esperançoso de que consiga recursos para fazer a cidade avançar no que diz respeito à infraestrutura, como asfaltamento, praças e o tão sonhado anel rodoviário. A pedra no sapato do prefeito tem sido a saúde, mas, ele está certo de que vai fazer da saúde de Teixeira uma referência na Bahia. Para isso, está programado melhorar o atendimento na saúde básica, no Hospital Municipal, Unidade Municipal Materno-Infantil e na Unidade de Pronto-Atendimento, e, também, o LACEN – Laboratório Central, além da inauguração da policlínica, que está prevista para o mês de agosto, para atender a toda região através do consórcio com o estado e demais municípios e deverá ser uma das mais bem estruturadas da Bahia.

No Estado, temos que admitir que o governador Rui Costa vem dando uma atenção especial a saúde, não somente com os atendimentos volantes como cirurgias de cataratas, mutirão contra o glaucoma, cirurgias em geral e tratamentos dentários através das carretas móveis, mas, também, através dos consórcios da saúde, implementados em várias regiões. Acredita-se que a boa avaliação do governador Rui Costa é exatamente devido a atenção que vem dando ao cidadão no que diz respeito ao social, mesmo não tendo sido feitos grandes investimentos com infraestrutura até agora. No entanto, está previsto investir nas estradas, através de recursos liberados pelo BIRD, no valor de 250 milhões de dólares. Mesmo na crise, os bons governantes têm que acreditar que é possível avançar com criatividade e o melhor exemplo do País tem sido o novo prefeito de São Paulo, João Dória, assim como também ACM Neto, na Bahia, que, recentemente, foi convidado pela mais famosa Universidade do mundo, que é Harvard, nos EUA, para falar sobre modelo de gestão pública.

O cargo de prefeito não resulta em tanto isolamento, como ocorre com Trump, por isso mesmo, o gestor pode caminhar mais perto do povo, e, assim, ouvir a voz rouca das ruas, que tem muita a dizer. Quando se governa a fim de, realmente, agir conforme os anseios de quem lhe conferiu o poder, as chances de sucesso são maiores, ao menos no quesito popularidade e satisfação do eleitor.

Fonte Foconopoder


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