Colunistas

João Bosco “Um prefeito maringado”

27/04/2015 - 22h40
Pensando com Coragem novo texto

Querido amigo, mais uma vez estamos de volta no nosso papo semanal. Aqui debatemos os assuntos que mais interessam a nossa região. Você poderia, inclusive, dar sugestão de assunto através do nosso whatsaap 07399850223, ou no email [email protected] Espero que você tenha uma boa semana.

Essa semana veio à tona mais um escândalo envolvendo a administração João Bosco Bittencourt: a distribuição de kits escolares, que traziam de forma camuflada, o símbolo ou selo da prefeitura de Maringá, no estado do Paraná. Onde o prefeito é Roberto Pupin, do PP, partido aliado ao PT partido de Bosco. O qual, também, está envolvido no escândalo da Petrobras.

No caso em questão os kits escolares que custaram nada menos que a bagatela de R$ 1,411,200.00 ( Um milhão quatrocentos e onze mil e duzentos reais). Segundo dados de uma licitação realizada em 2014. Até ai tudo bem, isso é até louvável que a administração municipal distribua kits escolares aos alunos, uma boa atitude que deve ser ressaltada. Afinal quantas crianças não deixam de ir à sala de aula por não dispor de material escolar adequado.

Porém, em alguns dos materiais distribuídos foram encontrados, abaixo da contra capa, o símbolo da prefeitura de Maringá no Paraná.  Então me pergunto: “Como isso pode acontecer?” Distribuir em Teixeira de Freitas, extremo sul da Bahia, na região nordeste, kits escolares que seriam do Paraná? Cidade que fica no sul do país.  Esta tinha cerca de 357 mil habitantes em 2012. Nada se compara o padrão de vida do povo paranaense com o povo teixeirense.

É no mínimo estranho. Como também é estranho o fato de que a vereadora Erlita de Freitas, quando secretária municipal de habitação, teria adquirido um plano de habitação que era também de Maringá. Seria coincidência ou leniência?

Até porque, como diz o ditado, “Errar uma vez é humano”, já duas vezes seria burrice.

Como se copia um plano de habitação de uma cidade do sul, a qual, tem quase três vezes mais o número de habitantes de uma cidade do nordeste? Ainda comete o erro de não tirar o nome da cidade original do documento?

Isso é, no mínimo, uma certidão de incompetência. Algo que ficou provado por parte da ex-secretária. A qual foi para pasta para se promover, a nível de região, e ser eleita deputada estadual. Porém deu com os burros n’agua.

Agora qual é mais grave? Copiar um plano habitacional, ou distribuir kits escolares de outro munícipio?

A pergunta que não quer calar é como esses kits vieram parar aqui em Teixeira de Freitas?

Quem foi o encarregado de colocar uma contra capa no material e deixou fácil para que fosse descoberto?

Estaria João Bosco trocando planos e kits com o prefeito de Maringá?

Será que algum material com o símbolo de Teixeira de Freitas foi distribuído em Maringá?

Ou João Bosco estaria maringando?

Seria João Bosco um prefeito maringado?

O que há por trás da relação Maringá X Teixeira de Freitas?

É bom lembrar que o vice-prefeito de Maringá é do PT, partido de João Bosco.

Será que ele estaria levando coisa daqui pra lá e trazendo de lá para aqui?

Quero acreditar que isso seja apenas mais um erro, embora exista coincidência demais nesta história.

Espero que os vereadores da cidade apurem, de verdade, o que está havendo com esta distribuição de material de Maringá.

Segundo me contaram, e eu não vou revelar a fonte, a prefeitura teria adquirido o material na mão de uma empresa, que também teria vendido à prefeitura de Maringá, mas sobrou material lá e a empresa reaproveitou aqui. Sendo assim, seria um erro da empresa que a prefeitura municipal não pode admitir. Agora é corrigir o erro e punir os responsáveis.

Antes de terminar minha coluna quero parabenizar a repórter Viviane Moreira, do Opovonews, por trazer este furo jornalístico ao conhecimento do povo do estremo sul. Parabéns Viviane! Isso sim é matéria jornalística.

Chego ao fim da coluna desta semana esperando respostas para nossas indagações. Bom, que fique claro que o espaço para direito de resposta sempre ficará reservado para qualquer parte que se julgar ofendida. O direito de resposta é um direito ao contraditório garantido pela constituição.

Jotta Mendes é radialista e repórter


Deixe seu comentário