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Souza da PM é aplaudido ao falar contra corrupção e reafirma denúncias contra vereadores e administração municipal

20/03/2015 - 10h10

O combate à corrupção tem sido tema de debate em todo o Brasil. No último domingo, milhões de pessoas foram às ruas em todo o país pedindo o impeachment da presidente Dilma e o combate a corrupção. Na sessão da última terça-feira, 17 de março, na Câmara de Vereadores de Teixeira de Freitas. Ficou evidente o descontentamento da população com a corrupção.

Durante seu pronunciamento, o vereador Moacir Souza o “Souza da PM”, foi enfático ao fazer uso da tribuna no combate à corrupção, discursando de maneira eloquente. O vereador usou palavras duras contra a corrupção, sendo prontamente aplaudido por centenas de pessoas que lotavam o plenário da Câmara. Alguns chegaram a aplaudir de pé.

Souza da PM1Ao comentar a repercussão de sua fala, o edil analisou como caminhar de acordo com o que povo quer. O combate à corrupção tem sido um clamor do povo nas ruas. “Nós, como fiscais do povo, não podemos aceitar a corrupção, seja ela no legislativo, no executivo, ou no judiciário. Vamos sempre colocar nosso mandato como instrumento do povo no combate a este mal”, frisou Souza da PM.

Na segunda-feira, 16 de março, o vereador já causou polêmica, quando participava do programa Comando Geral da Caraipe FM, sob comando de Fernando Moulin, quando denunciou a existência de um suposto “Mensalinho”, entre os edis, para dar sustentação ao prefeito na Câmara Municipal.

No ponto de vista do edil, isso ficou evidente quando o vereador Tomires Barbosa o “Miro”, sugeriu o arquivamento da CPI das Oscips, alegando falta de provas. Mas o mesmo, na condição de relator da referida CPI, não buscou documentos, nem fez qualquer diligência no sentido de obter provas que pudesse apontar irregularidades nos contratos das Oscips.

O vereador ainda alegou que em conversa por telefone com a professora Adriana Serapião, ex-presidente do Conselho Municipal de Educação, a mesma teria afirmado a existência de documentos que comprovam irregularidades e que estava disposta a fornecer estes documentos ao edil.

O vereador ao conversar com nossa reportagem confirmou tudo que teria dito no Comando Geral. Disse ainda que terá um encontro tanto com a professora Adriana, como com a professora Brasília, para em seguida de posse dos documentos que as duas já se comprometeram a lhe fornecer, cobrar a reabertura da CPI.

Questionado se o vereador Miro teria cometido prevaricação, ao saber de documentos e não fazer questão de constar nos autos da CPI, o vereador disse: “Se ele sabia da existência dos documentos, não realizou qualquer diligencia, ou solicitou via oficio tais documentos, ele cometeu sim prevaricação”, concluiu Souza da PM.

Nossa reportagem, após conversar com Souza da PM, procurou o presidente da Câmara de Vereadores Tomires Barbosa Monteiro, o Miro, para ver se o mesmo teria interesse em comentar o assunto. Embora muito chateado com as declarações de Souza, Miro disse que não entraria no jogo de ficar polemizando em radio ou jornais com o edil. “Vou tomar as medidas que eu achar justo, mas não vou entrar no jogo do vereador. Se ele fez um acordo com o prefeito e o prefeito não cumpriu, não sou eu que vou aceitar meu nome ficar sendo achincalhado”, disse Miro.

Ao falar sobre o fato da Polícia Federal ter realizado uma operação na cidade, Souza voltou a criticar a explicação dada pela administração municipal. “Essa de que a secretaria de educação, o gabinete do prefeito e o setor de licitação, foram cedidos apenas para que a PF investigasse uma empresa que teria prestado serviço para prefeitura, é inaceitável. Isso não é uma explicação plausível, jamais a Polícia Federal, vai usar departamentos de uma prefeitura, para investigar uma empresa” destacou.

Questionado sobre a declaração de que se houvesse uma investigação séria pela Polícia Federal, sairia gente da administração presa, Souza tentou meio que voltar atrás na declaração, mas disse: “Se a polícia fizer um trabalho sério, com uma investigação bem feita, tenho certeza que pessoas da administração serão indiciadas”, concluiu o edil.

Por Jotta Mendes/Repórter Coragem


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