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Teixeira de Freitas, uma cidade sem comando e sem rumo corre o risco de naufragar

21/11/2014 - 12h15
Barco afundando

Teixeira já elegeu cinco prefeitos, três tiveram dois mandatos – Timóteo Brito, Dr. Wagner e Padre Apparecido. Francistônio não teve porque não quis disputar. Não vamos discutir quem foi o melhor, mas, certamente, o atual prefeito, João Bosco, vai deixar uma marca insuperável. Ele foi eleito com a maior votação da história do município, teve 58% dos votos válidos, enquanto seu adversário teve 39%, ninguém até agora tinha conseguido esse feito. Acontece que toda vez que se gera uma grande expectativa, pode causar uma grande frustração, e é isso que está acontecendo.

Prefeito culpa ex-auxiliar

O prefeito, ao assumir, decretou estado de emergência e, com isso, conseguiu um cheque em branco para atuar de forma deliberada cometendo excessos. O Tribunal de Contas dos Municípios reprovou suas contas referentes ao primeiro exercício do seu mandato. O prefeito teve o desplante de declarar que suas contas foram reprovadas devido ao decreto de emergência que ele mesmo assinou, o pior é que responsabilizou um ex-auxiliar pela atitude. Isso é mesmo uma falta de caráter ao não assumir seu próprio erro e culpar os outros, quando ele é o comandante delegado pelo povo através do voto.

O recado das urnas

A atitude do prefeito só vem confirmar o que diz a voz das ruas: que a cidade está sem comando. O prefeito vive cercado de bajuladores que o colocam no altar somente para tirar vantagens e ele achar que é o “cara”. Nas eleições recentes, as urnas mandaram recado porque seus candidatos a deputado foram derrotados em Teixeira. Entretanto, ele prefere se empolgar com as vitórias de Rui Costa e Dilma, ainda que o governador tenha perdido em Teixeira. O prefeito continua no palanque e não tem noção do que a população pensa dele. Mesmo porque padece do mal da maioria dos governantes, que é o isolamento do poder.

Prefeito pode ficar inelegível

Temos afirmado reiteradas vezes que o prefeito tem cometido atos que comprometem a moralidade do governo. O TCM reprovou as contas e mostrou que os atos do prefeito, além de serem imorais, são também ilegais, porque ferem os princípios constitucionais. Se as contas do prefeito forem reprovadas pela Câmara de Vereadores ele ficará inelegível por oito anos. Além disso, corre o risco dos recursos aprovados pelo PAC não serem liberados, o que será muito ruim para a cidade, que necessita destas verbas para investir na infraestrutura, porque os recursos próprios têm sido utilizados de forma desequilibrada em flagrante prejuízo ao erário público e inobservância dos princípios constitucionais da razoabilidade e da economicidade.

Marcado pela ingratidão

O prefeito de Teixeira depois de seis tentativas conseguiu conquistar um mandato. Ele foi candidato a prefeito em Minas Gerais uma vez e em Teixeira três vezes, e foi duas vezes candidato a deputado. Na terceira tentativa, o povo de Teixeira resolveu lhe dar uma oportunidade, mas, se empolgou com o mandato e virou as costas para a maioria dos que ajudaram ele chegar ao poder. Além de se mostrar incompetente para o exercício do cargo, também tem sido ingrato com quem lhe ajudou.

Prefeito ameaça a imprensa

Na tentativa de controlar todos os poderes, o prefeito afirmou perante a Justiça que foi tolerante, mas, de agora em diante, quem se manifestar contra ele e seu governo será processado. Isso significa que de forma autoritária quer cercear o direito à liberdade de imprensa. Sendo ele um homem público, está susceptível as críticas e a livre manifestação daqueles que não concordam com sua forma de governar, principalmente dos órgãos de imprensa que ele não conseguiu cooptar. Afinal, nós ainda vivemos em um sistema democrático de direito e a voz da imprensa representa a voz do povo no combate à corrupção.

Fonte Foco no Poder


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