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Saiba o melhor momento para procurar um médico geriatra

04/09/2017 - 15h59

média de expectativa de vida dos brasileiros subiu de 62,5 anos em 1980 para 73 em 2010, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para que seja possível atingir essa desejada longevidade com qualidade de vida, a busca por um profissional geriatra deve ser a mais precoce possível.

Dúvidas como: “que tipo de médico devo procurar para tratar este sintoma?”, “não aguento mais ir a tantos médicos, será que não há um médico que resolva a maior parte dos meus problemas?”, podem ser solucionadas por esse especialista que, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, não precisa ser procurado a partir de uma idade exata.

Segundo Aline Thomaz, geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, embora haja aumento da expectativa de vida, homens e mulheres vivem boa parte desses anos com incapacidades importantes e ainda há o preconceito em relação ao processo natural do envelhecimento, que faz com que uma parte das pessoas considere que só devem ir a um especialista quando se sentem mais velhas.

   O geriatra está habilitado a tratar de situações complexas do processo de envelhecimento. Isso significa que ele irá avaliar aspectos físicos, mentais e psicossociais, com o objetivo de detectar as incapacidades, fazer o planejamento terapêutico e a reabilitação, focalizando não só no diagnóstico e tratamento de doenças específicas, mas principalmente na manutenção e recuperação da capacidade funcional.

Com conhecimento em todas as áreas do corpo humano – desde o cérebro até as unhas do pé – o geriatra trata de doenças clínicas como: hipertensão arterial, diabetes, osteoporose, Alzheimer, acidente vascular encefálico, incontinência urinária, tonturas, quedas e tudo que possa interferir na qualidade de vida da pessoa idosa, atuando também no campo dos cuidados paliativos, com foco no bem-estar dos portadores de doenças sem possibilidade de cura.

Aline explica que é comum que as pessoas tenham muitas dúvidas sobre o momento exato de procurar o geriatra, mas que é necessário dar atenção a pequenos sinais do corpo que podem aparecer antes dos 60 anos.

   “Postergar a ida ao especialista pode ser, sim, um problema, especialmente quando muitas coisas são consideradas “naturais do processo de envelhecimento” e, na verdade, não são. Como, por exemplo: lapsos de memória frequentes, perda de urina de forma involuntária, quedas, idas frequentes ao pronto-socorro, isolamento em casa, entre outras”.

Por outro lado, muitas pessoas não apresentam os sintomas comuns do envelhecimento, mas chegam à vida idosa com muitas doenças que podem incapacitar e dificultar a qualidade de vida.

   “Quando o idoso apresenta três ou mais doenças crônicas instaladas, recomenda-se centrar o seu cuidado com um geriatra. É recomendável também que seja realizada uma Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), onde o paciente será avaliado globalmente, seus órgãos e sistemas serão vistos de forma integrada, juntamente com a sua capacidade funcional e aspectos sociais, psicológicos e culturais.


Edição Bell Kojima/Repórter Coragem



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