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Fibria encerra 2016 com crescimento de vendas, forte lucro líquido e robusta posição de caixa

31/01/2017 - 16h01
Fibria

A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, registrou volume de vendas de 5,504 milhões de toneladas em 2016, 8% superior a 2015. No 4º trimestre de 2016, as vendas somaram 1,584 milhão de toneladas, com melhor desempenho em relação ao 4T15 – aumento de 21%.

O crescimento da demanda global por celulose de eucalipto de aproximadamente 1,3 milhão de toneladas em 2016, conforme dados do PPPC, aliado ao baixo nível de estoques e à perspectiva de curto prazo mais balanceada do que o previsto no que diz respeito à entrada de novas capacidades, permitiu à Companhia anunciar no 4º trimestre de 2016 sucessivos aumentos de preços para a China e demais mercados.

   “Esse é o maior volume trimestral de vendas da história da Fibria, puxado pela forte recuperação da demanda no trimestre na Ásia. Os aumentos de preços na Ásia em outubro e dezembro foram completamente implementados, abrindo espaço para novos anúncios de preço que já anunciamos neste início de 2017 para todos os mercados, incluindo América do Norte e Europa”, afirma Marcelo Castelli, presidente da Fibria.

A receita líquida da Companhia totalizou R$ 2,534 bilhões no 4T16, redução de 15% em relação ao 4T15, resultado da redução do preço médio líquido da celulose em dólar de 18% e desvalorização do dólar médio de 14%, parcialmente compensado pelo maior volume vendido. No ano de 2016, a receita líquida foi de R$ 9,615 bilhões, queda de 5% em relação a 2015. No quarto trimestre de 2016, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado totalizou R$ 804 milhões, representando uma margem de 36%. Já no acumulado do ano, o EBITDA totalizou R$ 3,742 bilhões, com margem de 43%.

O lucro líquido em 2016 ficou em R$ 1,664 bilhão, um crescimento de 365% em relação a 2015. Em função desse resultado, a Administração da Fibria irá propor na Assembleia Geral Ordinária, em abril, o pagamento de dividendos de R$ 393 milhões, que corresponde ao mínimo obrigatório conforme legislação societária.

A geração de fluxo de caixa livre da Companhia antes dos investimentos no projeto Horizonte 2 (que constrói a segunda linha de produção na unidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul), dos projetos logísticos e do pagamento de dividendos atingiu R$342 milhões no 4T16 e, no acumulado de 2016, alcançou R$ 1,891 bilhão.

   A Fibria encerrou o trimestre com posição de caixa de R$ 4,717 bilhões (ou US$ 1,447 bilhões) que, somada às linhas não sacadas referentes ao financiamento do Projeto Horizonte 2 e à recente emissão de Green Bonds de US$ 700 milhões, é suficiente para cobrir o volume de investimentos (Capex) do restante da expansão em Três Lagoas (MS) e as amortizações de dívida até o final de 2019, sem contar a geração de fluxo de caixa livre.

O investimento de capital (Capex) no trimestre totalizou R$ 1,748 bilhão, 62% superior ao 4T15, devido principalmente a maiores investimentos na expansão do Projeto Horizonte 2, conforme a curva de evolução da obra. O Capex em 2016 totalizou R$ 6,182 bilhões, 25% inferior à previsão inicial de R$ 8,189 bilhões, em decorrência da redução do custo do Projeto Horizonte 2, influenciada pela curva de execução financeira do projeto, além dos investimentos menores com projetos logísticos de celulose. Na comparação com o valor realizado em 2015, o aumento de 162% se deve, principalmente, à expansão industrial no Mato Grosso do Sul.

Projeto Horizonte 2

O ano de 2016 terminou com o andamento das obras da segunda linha de produção de celulose em Três Lagoas (MS) acima do previsto, com 77% do projeto realizado. O avanço financeiro, no entanto, ficou em 57%, faltando US$ 1 bilhão ainda a realizar.

   “No quarto trimestre de 2016 sacamos R$1,2 bilhão em linhas de financiamento do projeto que, por serem de baixo custo e longo prazo, contribuem para que a Fibria melhore ainda mais o perfil de sua dívida. Além disso, em dezembro concluímos a quarta captação de CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), no valor de R$ 1,25 bilhão. Essa linha tem custo financeiro abaixo da taxa média de aplicação dos recursos da Companhia, ou seja, é uma dívida que, na realidade, gera receita financeira. Em 2016, a Fibria foi o maior emissor de CRA do país”, diz Guilherme Cavalcanti, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Fibria.

Na área florestal, houve importantes evoluções em 2016, como o avanço nos plantios e arrendamentos para formação de floresta, a entrada em operação dos tratores da silvicultura, o início do recebimento das máquinas de colheita e a contratação de mão de obra para operação de máquinas florestais. A área industrial registrou a continuidade na evolução de comissionamentos, serviços e startups de sistemas de controle, com integração das duas unidades fabris (a nova, em construção, e a atual, já em operação). Na logística, o destaque foi o início das obras do Terminal Portuário de Macuco, em Santos (SP) e a aquisição e início das obras do Terminal Intermodal em Aparecida do Taboado (MS).

A Fibria foi novamente selecionada para integrar o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) 2017 da BM&FBovespa, no qual a Companhia está presente desde o seu lançamento, em 2005.

   A carteira do índice reúne empresas com ações listadas na Bolsa de Valores e Mercadorias de São Paulo que apresentam alto grau de comprometimento com práticas de sustentabilidade e governança corporativa.

A seleção das empresas é feita em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes), da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP). A avaliação baseia-se no equilíbrio entre crescimento econômico, responsabilidade social e desempenho ambiental. Esse reconhecimento reforça o compromisso da Companhia com a criação de valor econômico aliado à atuação responsável na esfera socioambiental. A credibilidade da Fibria em aspectos ambientais, sociais e de governança também se refletiu na emissão, no mercado internacional, de US$ 700 milhões em Green Bonds, em janeiro deste ano, que teve uma alocação de 40% de investidores com perfil voltado a sustentabilidade, um recorde para esse tipo de operação.



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