Agora é “Timinha Paz e Amor”
Os rumores de que a política de Teixeira de Freitas iria esquentar após a saída do secretário de esportes, Anderson Figueiredo Pinto, pode ganhar novos contornos, ou talvez esfriar. Pelo menos foi o que ficou evidente na fala do prefeito, Temóteo Brito, em entrevista ao Comando Geral na manhã de quarta-feira, 25 de outubro.
Se depender de Temóteo, não haverá briga. Isso foi evidenciado quando por diversas vezes o apresentador Fernando Moulin questionou um possível rompimento entre o gestor e a Família Pinto. Esta que teria lhe ajudado a chegar ao poder.
Temóteo repetiu por, diversas vezes, que já teve várias divergências com a Família Pinto, mas sempre respeitou a “Família”. E nunca, nenhum dos dois, foram ao campo “Pessoal”. “Se depender de mim, não haverá briga, eu até vou adotar um lema usado por Lula: agora eu sou Timinha Paz e Amor”, frisou Temóteo Brito.
Confira o Comando Geral de 25 de outubro
Com isso Temóteo deixa claro que acima de tudo existe uma cidade que clama por soluções e não por briga. A qual precisa de emprego e não de especulações, de amor e não de ódio.
Basta de ódio ao vermos o sangue de nossos jovens jorrando todos os dias nas ruas da cidade, quando presenciamos, de forma impotente, a violência contra tantos jovens e adolescentes.
Aqueles que detém o poder precisam entender que: enquanto eles brigam, a cidade chora, as mães choram a morte de seus filhos, pessoas choram por não terem empregos. Pois a falta de emprego tira a dignidade das pessoas. As quais perdem o poder de compra e a autoestima.
Existem muitas coisas que precisam de mais evidencia do que brigas de grupos “Políticos”.
Há assuntos mais interessantes que fomentar uma possível briga. As divergências políticas devem caminhar no campo das ideias. As ideias devem brigar, as pessoas não.
Enquanto as pessoas brigam, pessoas morrem nas filas por faltam de saúde, crianças vão para o tráfico por falta de escolas, de esportes, de oportunidades. Essas mesmas crianças, a maioria delas, morrem amanhã no tráfico de drogas.
Os mesmos que fomentam a briga hoje, são aqueles que amanhã vão discursar sobre a morte de crianças, que vão inflamar a falta de oportunidades, a falta de investimentos no esporte.
É preciso deixar as questões pessoais de lado e pensar no coletivo, parar de pensar em grupo e pensar na cidade, parar de olhar para o próprio umbigo e enxergar as crianças que morrem por falta de oportunidades.
Os únicos que ganham com briga são os lutadores, mesmo assim, alguém tem que perder para que o outro ganhe.
É preciso esquecer a espada e pensar no povo.
Jotta Mendes é radialista, jornalista e repórter