Destaque

Cadela que ficou famosa ao ser vista levando marmita, morre após ser picada por cobra: ‘Arrasada’, diz dona

20/11/2017 - 18h07
Cadela Lilica,
que há mais de três anos levou comida para outros animais que conviviam com ela
em um ferro velho em São Carlos (SP), morreu após ser picada por uma cobra. O animal foi enterrado em um espaço no quintal de uma casa vizinha.

‘Estou arrasada, não queria acreditar que é verdade, muito triste’, disse a dona, Neile Vânia Antonio, que cuidou de Lilica por mais de dez anos.

Neile achava que a cadela tinha fugido. Ela chegou a postar nas redes sociais sobre o desaparecimento. No domingo (19), o vizinho contou ao marido que a cadela estava morta e que ele havia enterrado o animal.

“Eu fui o último a vê-la, ela morreu aqui dentro, eu que a enterrei. Ia esperar um pouco para contar porque sei que a Neile ia sofrer muito, a Lilica era muito querida”, relatou o professor de tênis Fábio Borges Rosa Dourado.

Ele e a mulher, Aureliana Rosa Dourado, contaram que já tiveram outros cães que também morreram picados por cobras. “Geralmente dá vômito com sangramento. A gente tem até soro aqui. Quando vi a Lilica, apliquei soro na veia dela, ela até apresentou uma melhora, mas não resistiu”, contou.

Fama nacional

Lilica ganhou fama nacional após reportagem da EPTV veiculada em setembro de 2012. A solidariedade da cadela comoveu pessoas de todo o país.

Todas as noites, entre 20h e 21h, Lilica cumpria rigorosamente a sua missão. Mesmo que estivesse chovendo, o destino é casa da professora Lúcia Helena de Souza, que criava 13 cachorros e 30 gatos, todos recolhidos da rua. Depois de servir o jantar da turma, a professora preparava uma marmita para Lilica.

A cadela matava a fome, pegava a sacolinha com o alimento separado pela professora e seguia de volta ao ferro velho percorrendo dois quilômetros de caminhada na lateral de uma estrada bem movimentada.

Ao chegar em casa, Lilica dividia o alimento com os animais com quem divida espaço no ferro velho: um cão, um gato, um galo, uma galinha e até uma mula.

Para o veterinário Alexandre dos Santos, Lilica mantinha essa rotina porque tinha um instinto materno e de liderança entre os bichos.


Deixe seu comentário