Educação

Servidores federais decidem pela continuidade da greve

26/07/2012 - 19h07

Os alunos veteranos que estudam nos campi das universidades federais da Bahia (Ufba), do Recôncavo Baiano (UFRB) e do Oeste Baiano (Ufoba) continuam sem poder efetuar as matrículas para o segundo semestre de 2012, por conta da paralisação dos 3.700 técnicos-administrativos das três unidades, que completa 41 dias.

Na manhã desta quinta-feira, 26, os servidores federais votaram pela manutenção da greve, em assembleia realizada no auditório da Fundação Politécnica, na Federação. Segundo a diretora de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Ufba e UFRB (Assufba), Cássia Maciel, os servidores vão continuar parados até receber proposta do Ministério do Planejamento.

Conforme informou a diretora, os trabalhadores reivindicam o estabelecimento do piso de vencimentos igual a três salários mínimos. “Nossa indignação consiste no fato de o governo ter apresentado duas propostas aos professores, que foram recusadas, por sinal, e não nos chamar para o diálogo em momento nenhum”, bradou a dirigente.

De acordo com informações da assessoria de comunicação da Assufba, ao todo, 61 universidades federais pelo País estão com o corpo de técnicos-administrativos parado. Com isso, informa a assessoria, serviços como emissão da folha de pagamentos, colação de grau, emissão de diplomas, manutenção da biblioteca e elaboração do calendário letivo foram todos afetados.

A categoria se posiciona contra o Decreto 7.777, sancionado pela presidente Dilma Rousseff, no último dia 24, que “dispõe sobre as medidas para a continuidade de atividades e serviços públicos dos órgãos e entidades da administração pública federal durante greves, paralisações ou operações de retardamento de procedimentos administrativos promovidas pelos servidores públicos federais”.

Professores estaduais – Os professores da rede pública estadual se reúnem, na manhã da próxima sexta-feira, 27, no Colégio Central, em Nazaré, para nova assembleia que vai discutir os rumos do movimento grevista, que completa, nesta sexta-feira, 108 dias de paralisação.

Ainda nesta quinta, dezenas de docentes realizaram um bazar, na Praça da Piedade, Centro, para arrecadar dinheiro para ajudar os colegas que passam por dificuldades financeiras, já que o Governo do Estado decretou a suspensão do pagamento dos salários da categoria.

Na ocasião, o público pode reaproveitar roupas, sapatos, bolsas e bijuterias vendidos ao preço simbólico de R$ 1,99. “É a maneira que encontramos para sermos solidários com os colegas”, disse a vice-coordenadora da APLB-Sindicato, Marilene Betros.

Segundo afirma a dirigente, a categoria aguarda que o Estado seja flexível ao apelo dos docentes, opostos ao parcelamento proposto pelo governo, que pretende incrementar 7% de reajuste em novembro próximo, mais 7% para março do ano que vem. “Não é interessante para nós”, rechaçou.

Enquanto o impasse não é resolvido, pelo menos, 1,1 milhão de estudantes continuam sem aulas em todo o Estado. Segundo a Secretaria de Educação do Estado, 1.203 (85%) das 1.411 escolas já retornaram às atividades. Para a SEC, a paralisação concentra-se em 156 das 208 escolas da capital.

Fonte: UOL


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