WhatsApp terá chamadas em vídeo nos grupos
O WhatsApp vai permitir, em breve, que usuários façam chamadas de voz, ou vídeo, em grupo. Segundo Mark Zuckerberg, os usuários do WhatsApp gastam quase dois bilhões de minutos por dia em chamadas de voz e vídeo. Com o novo recurso, que deve estar disponível nos próximos meses, será possível que até quatro pessoas participem de uma chamada. A novidade é uma das muitas anunciadas por Zuckerberg na conferência anual de desenvolvedores da empresa, a F8, que aconteceu em San Jose, na Califórnia.
O aplicativo também terá os famosos stickers, espécie de adesivo aplicado a imagens, ferramenta muito comum em aplicativos que permitem mensagens instantâneas, como SnapChat e Instagram Stories. O recurso Status do WhatsApp, que permite que as pessoas publiquem fotos ou vídeos curtos que se apagam em 24 horas, tem 450 milhões de usuários ativos por dia, um crescimento de 15% em relação ao ano passado. A marca ultrapassou o número de usuários do Snapchat, de 191 milhões.
Entre os anúncios, a rede social vai lançar um óculos de realidade virtual a US$ 199, entrar no mercado de paquera, com a criação de um concorrente para o Tinder e quer aumentar a privacidade do usuário, ao permitir que se limpe o histórico de navegação.
Este foi o primeiro anúncio de novas tecnologias pelo Facebook desde o escândalo com a empresa Cambridge Analytica, que usou dados de 87 milhões de pessoas para fins políticos sem consentimento.
WHATSAPP E NOTÍCIAS FALSAS
O Brasil é um dos países com mais usuários no WhatsApp, 120 milhões de pessoas. A plataforma tem preocupado especialistas devido à dificuldade de combater a disseminação de notícias falsas, já que o sistema conta com criptografia de ponta a ponta, ou seja, ninguém além das duas ou mais pessoas de uma conversa podem acessar o conteúdo das mensagens.
Um porta-voz do aplicativo afirmou que a equipe do WhatsApp, que é de apenas cerca de 300 pessoas (para 1,5 bilhão de usuários), trabalha em maneiras de conter esse problema.
Uma das alternativas seria identificar quando algum conteúdo é reencaminhado muitas vezes. Nesse caso, o usuário poderia receber um tipo de alerta. Em período eleitoral, essa dificuldade tende a aumentar, já que equipes de candidatos usam a ferramenta para engajar novos eleitores. Os anúncios do WhatsApp vieram um dia depois que Jan Koum, presidente e um dos fundadores do WhatsApp, anunciou sua saída da empresa e do conselho do Facebook, que comprou a plataforma de por US$ 19 bilhões, em 2014.
Edição Bell Kojima/Repórter Coragem