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Elas eram irmãs e se casaram com irmãos. Já idosas, uma matou a outra por inveja

27/05/2018 - 19h03

Linda Thomas foi condenada pelo assassinato da própria irmã

Uma mulher de 73 anos foi condenada por assassinato por ter matado a própria irmã, além de tentativa de assassinato, roubo e abuso de idoso. O crime chocou a pequena cidade norte-americana de Freeland. As informações são do jornal Washington Post.

Linda Thomas, então com 71 anos, foi até a redação do jornal da cidade para pagar por seu próprio obituário. A ideia era que o texto já estivesse pronto no dia em que ela morresse.

No mês seguinte, ela vendeu a casa onde morou por muitos anos com seu marido, Richard, já morto e decidiu ir até Rodeo, na Califórnia. Era lá onde a irmã, Zonna Thomas, vivia com o marido, Donald, irmão de Richard.

As irmãs não se falavam havia anos. Eram rivais e se odiavam. Mesmo assim, Donald convidou a cunhada a entrar. Horas depois, Linda deu um tiro e matou Zonna na cozinha – um crime que a polícia diz ter sido premeditado.

Segundo os agentes, a ideia de Linda era se suicidar. No entanto, após matar a irmã, foi confrontada pelo cunhado. Durante 15 minutos, eles lutaram pela arma, até que ele conseguiu recuperar o revólver calibre 38 e ligou para a polícia.

“Minha mulher foi baleada por minha cunhada. Por que você fez isso, Linda?”, disse Donald na ligação desesperada à polícia, de acordo com o jornal East Bay Times.

Segundo a promotora Rachel Piersig, Linda via a irmã como a queridinha da família. A gota d’água teria sido a disputa pela herança de cerca de US$ 1 milhão deixada pelos pais de Richard e Donald.

Linda achava que não tinha recebido o que era justo. O ressentimento, de acordo com a promotora, a levou a cometer uma atitude extrema.

“Ela era uma pessoa muito perturbada que, por anos, escrevia cartas ameaçando a família”, disse Tim Thomas, filho de Zonna e sobrinho de Linda, ao jornal Whidbey News-Times.

Antes da morte do marido, Linda era conhecida por cultivar abóboras para o dia das Bruxas e por produzir uma cidra que fazia sucesso entre os locais.

Ninguém imaginava que aquela senhora iria, um dia, matar alguém. A defesa de Linda alegou que ela tinha, na verdade, um plano de suicídio. Ela teria entrado em depressão com a morte do marido e não via mais sentindo em viver.

Segundo os advogados de defesa, Linda viajou à Califórnia para fazer as pazes com a irmã antes de cometer suicídio. Ela teria atirado em Zonna de forma acidental, pois suas mãos tremiam muito.

No entanto, os promotores alegam que Linda planejava matar mais pessoas. Ela carregava um “kit” com fita adesiva, uma seringa, analgésicos e munição.

Na segunda-feira (21), ela foi julgada e condenada pelo crime. A sentença ainda não foi proferida, o que deve ocorrer no dia 24 do mês que vem. Linda deve passar o resto da vida na cadeia.

Após o veredito, ela pediu desculpas à família e agradeceu ao júri por ter feito um julgamento justo.


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