Homem que usava beleza e lábia para furtar tem vida de luxo e cometia crimes por hobby, diz delegado
O homem de 32 anos suspeito de usar a beleza para furtar celulares no Hospital das Clínicas, em Goiânia, tem uma vida de luxo e cometia os crimes por hobby, segundo o delegado Washington da Conceição. Até o momento, oito vítimas já procuraram a polícia para denunciar o caso. Em depoimento à corporação, Rodrigo Ferreira Bezerra de Souza confessou o crime.
O delegado disse que o suspeito tem bens de alto padrão e que o dinheiro não veio dos furtos. “Ele tem um bom carro, mora em um prédio caro do Setor Bueno, que é um bairro nobre da cidade. Então ele não precisava disso, era um hobby, porque ele vendia os aparelhos por R$ 150”, disse.
De acordo com as investigações, Rodrigo pedia o celular das vítimas emprestado para fazer uma ligação e, em seguida, sumia levando o aparelho. “Ele tem boa aparência, tinha uma lábia boa, se aproximava das vítimas educadamente, parecia de classe média alta, e isso o ajudava a enganar as vítimas”, explicou o delegado.
Rodrigo já tem outras passagens pela polícia por roubo, segundo o investigador. “Ele se mostra muito tranquilo com relação a tudo. Diz que, de repente, ele sente uma coisa maligna e tem vontade de roubar”, contou Conceição.
O delegado disse que está terminando de ouvir todas as vítimas e deve concluir o inquérito até o final de julho. O homem vai responder por furto qualificado. Se condenado pode ficar preso por até 8 anos.
O Hospital das Clínicas, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informou, em nota, que o “suspeito estava sendo monitorado pela equipe do Setor de Segurança desde o início de maio de 2018 após denúncias de algumas vítimas de furtos dentro da unidade”. Segundo a instituição, no último dia 25, o suspeito foi abordado por seguranças, reconhecido por três vítimas e encaminhou o homem para a delegacia de polícia.
Rodrigo Bezerra de Souza é suspeito de furtos
Investigação
Quatro mulheres e quatro homens registraram os furtos no 9º Distrito Policial, desde abril. “Ele se passava como aluno de medicina, pedia o celular para fazer a ligação, dizia que estava ruim o sinal, saía para outra área e furtava os aparelhos”, detalhou o advogado.
Câmeras de segurança registraram, segundo o delegado, a abordagem de Rodrigo. No entanto, as imagens já foram encaminhadas para a perícia. O investigador divulgou apenas vídeos em que mostram a facilidade com que ele tinha para entrar no HC (veja acima).
O delegado explicou que apenas encaminhou o homem à delegacia e o interrogou, pois não estava com celulares roubados para configurar flagrante.