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E era você que estava lá!

12/08/2018 - 11h32

Quando eu era criança, não entendia porque nas festinhas de dia dos pais eu era a única a ter a mãe na plateia; ano após ano. Ainda me lembro de como isso me entristecia.

Mas eu cresci…
Amparada pelos seus braços fortes que trabalhavam o dia inteiro, mas que ainda conseguiam ser delicados no fim da noite, quando alisavam meus cabelos e me colocavam pra dormir.
Cresci e percebi que não era só nas festas de dia dos pais que você estava.
Você estava lá quando os garotos da escola me aborreciam, me defendendo feito leoa.
Você estava lá nas minhas noites de febre. Você estava lá nas minhas malcriações, nas birras, nos mimos, nos beijos, nas vacinas.
Você estava lá o tempo todo…
Quando o feijão faltava, quando a doença aparecia. Nas conquistas e nos fracassos.
Você estava lá no primeiro dia de aula, quando aprendi jogar futebol, a andar de bicicleta. Passou a roupa que eu usei no meu primeiro dia de trabalho. Estava no altar quando me casei, e no hospital quando meu primeiro filho nasceu.

Com o tempo percebi que aquele que nunca estava não fazia tanta falta assim, pra falar a verdade ele nunca fez.
Eu sempre tive TUDO o que precisava porque você nunca deixou faltar.
Mesmo sozinha, aparentemente tão frágil e pequena, mas que sempre se mostrou uma muralha; mesmo quando chorava baixinho à noite pra não me acordar.

Me perdoe se em algum momento eu dei a entender que ele fazia falta. Não mãe, nada nunca me fará falta enquanto eu tiver você.

Feliz dia dos pais, Mãe!

Texto: Débora Rezende


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