Suzano

Suzano é acusada de invasão de propriedade e falsa comunicação de crime em Itamaraju

25/12/2025 - 19h28

O que inicialmente foi registrado como um suposto furto de madeira acabou se revelando, segundo a defesa da proprietária da área, como mais um episódio de descumprimento de decisão judicial e possível abuso de poder atribuído à empresa Suzano (@suzano_oficial). A ocorrência foi registrada na tarde desta terça-feira, 16 de dezembro, no município de Itamaraju, no extremo sul da Bahia, e levanta graves questionamentos sobre invasão de propriedade privada e comunicação falsa de crime.

De acordo com informações apuradas, a Suzano acionou a Polícia Militar alegando a suspeita de furto de madeira envolvendo um caminhão de transporte. A denúncia mobilizou guarnições do 1º e do 2º Pelotão da 43ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que localizaram um caminhão Volvo estacionado em um posto de combustíveis às margens da BR-101. O motorista foi abordado e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos.

Entretanto, após a apresentação dos fatos à autoridade policial, advogados da proprietária da fazenda compareceram à delegacia e esclareceram que a madeira transportada não era produto de furto. Segundo a defesa, a empresa Suzano estaria ocupando a área de forma irregular, em total desrespeito a uma decisão judicial que reconhece a posse legítima da proprietária.

Ainda conforme os advogados, a empresa não apenas teria invadido a propriedade privada, como também teria tentado criminalizar uma atividade legal, utilizando-se de uma denúncia infundada como estratégia de intimidação. A defesa sustenta que houve tentativa deliberada de induzir o poder público ao erro, caracterizando, em tese, comunicação falsa de crime.

Diante dos esclarecimentos apresentados, a versão inicial atribuída à empresa foi desmentida, enfraquecendo qualquer indício de irregularidade por parte do motorista ou da proprietária da área rural.

O caso agora acende um alerta sobre a conduta adotada pela empresa envolvida, o possível uso indevido do aparato policial e o recorrente desrespeito à segurança jurídica de proprietários rurais na região. A expectativa é de que os fatos sejam apurados com rigor pelas autoridades competentes, a fim de esclarecer eventuais responsabilidades civis e criminais.


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