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João Bosco: de doméstica a carpideira

10/11/2013 - 11h47

João Bosco: de doméstica a carpideira

Essa semana, quero comentar dois momentos distintos da administração João Bosco Bittencourt.Pensando com Coragem 3

O primeiro, corresponde aos oito primeiros meses de sua administração.

Esse seria o João doméstica, oito meses arrumando a casa. Que doméstica ruim, gente! Oito meses é tempo demais para arrumar uma casa.

Uma doméstica boa faria tudo em menos de um dia. Arrumar casa é uma tarefa difícil, mas, nada que um bom dia de trabalho não resolva.

Embora no dia seguinte a pobre doméstica esteja desgastada e muito cansada.

Porém, é notório que um dia é suficiente para que deixe uma casa nos trinques.

Se for procurar emprego de doméstica, João vai passar dificuldade, porque oito meses é tempo demais.

Esse era o discurso de João Bosco durante os oito primeiros meses de sua gestão, o que levou muita gente a lhe chamar de prefeito doméstica.

Passaram os oitos meses e João mudou a estratégia. Agora é João carpideira.

Ah! você que não conhece a profissão de carpideira deve estar intrigado com isso, se perguntando o que é carpideira.

Pronto. Vou me consultar com o pai dos “analfabite” (Analfabeto Digital).

Olha o que diz a consulta no Google sobre a profissão de Carpideira:

Carpideira é uma profissional feminina cuja função consiste em chorar para um defunto alheio. É feito um acordo monetário entre a carpideira e os familiares do defunto, a carpideira chora e mostra seus prantos sem nenhum sentimento, grau de parentesco ou amizade.

A profissão existe há mais de 2 mil anos. No Brasil, as carpideiras chegaram junto com a colonização portuguesa. Inicialmente, o pagamento não era feito em dinheiro, mas com bens da família do defunto.

Graziele Carvalho é a carpideira mais conhecida no Brasil. Já chorou em velórios de muitos munícipes guataparaenses, chega a ganhar até três mi reais por trabalho.

Bom, já viu que o trabalho da carpideira é chorar em velório, mesmo não tendo nada a ver com o defunto, o que ela quer é chorar.

Chorar tem sido a tônica do segundo momento da administração João Bosco.

O homem tem chorado por tudo que é canto, sempre no velório alheio.

Foi assim quando em 21 de outubro, ao falar sobre a liberação dos 185 milhões, que seria anunciado naquela semana, João abriu o berreiro, como se alguém tivesse lhe dado um beliscão porque estava falando demais.

Isso mesmo, antigamente quando era permitido beliscar criança, toda vez que a criança falava algo que o pai não gostava, ele dava um beliscão na criança, que abria o berreiro e saia disfarçando a raiva que ficava do pai.

Exatamente desse jeito ocorreu naquele dia, João teria começado a falar sobre o projeto, quando abriu o berreiro e disse: vou deixar para o governador falar.

Como se dissesse “ele não me deixou falar. Ah! que raiva”.

Era choro no velório alheio, já que o dinheiro liberado não era projeto de João, além disso é verba federal, o município apenas será beneficiado.

No dia 2 de novembro, coincidentemente Dia de Finados, João voltou a abrir o berreiro, novamente no velório alheio.

Na apresentação de oito médicos cubanos e um espanhol, do programa “Mais Médicos”, do governo federal.

Uma pessoa ligada a João disse que ele até mandou comprar um colírio daqueles que os atores usam para poder chorar em cena, tudo para não perder a lágrima. Ou seja, presença de João é choro garantido.

O cemitério Reviver, o único particular existente na região, está, inclusive, fechando um contrato com João. O cemitério pretende montar um coro para chorar em velório, aí João seria o puxador.

Sabe como é cemitério particular, quer sempre agradar o cliente.

Já teria, inclusive, feito a proposta a João, quando ele não tivesse exercendo o cargo de prefeito, estaria puxando o coro das carpideiras.

Seria bom; daria até uma graninha por fora.

Outra possibilidade do contrato com o Reviver seria João ensinar as carpideiras como chorar, a hora de chorar e por que chorar.

De qualquer forma, João levaria uma por fora pela instrução.

Quem não se lembra do episódio do programa de TV de João Bosco durante a campanha, como chorou piedosamente, fazendo até com que os adversários usassem o choro para fazer sátira.

Bom, agora qual dos dois momentos é melhor: João, o prefeito doméstica, aquela bem preguiçosa, que leva oito meses arrumando a casa, ou, João Carpideira, aquele que chora no velório alheio?

O dilema é seu, vamos à opinião dos internautas.

Essa é a opinião do colunista e não expressa a opinião do site.

Jotta Mendes é Radialista e Repórter


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