Perdas, conquistas e frustrações: o que levar de recordação de 2013?
Perdas, conquistas e frustrações: o que levar de recordação de 2013?
Graças a Deus, chegamos aos últimos dias de 2013, se você também chegou, pode dar graças, porque muitos queriam ter este privilégio, mas, ficaram pelo caminho.
Chegando o final do ano, é hora de refletir sobre tudo que aconteceu em seu decorrer, observar onde erramos e ver o que podemos mudar, afinal, a vida é assim: erros e acertos fazem parte do seu ciclo natural.
2013 poderá ser conhecido como o ano em que o povo brasileiro acordou do berço esplêndido onde sempre esteve dormindo, acordou, reivindicou; mas, será que realmente alcançou algo?
Na minha retrospectiva pessoal, tive muitas conquistas, perdas irreparáveis, frustrações e algumas decepções, mas, em resumo, o ano foi excelente, digamos melhor que o ano passado. Só que o ano que vem será melhor, disso não tenho dúvidas; o melhor está por vir.
Profissionalmente, foi um ano de afirmação, afinal, meu projeto pessoal, o portal “Repórter Coragem”, ganhou espaço, virou empresa e marcou seu território no contexto jornalístico, virando alvo de críticas e elogios, como todo bom veículo de comunicação tem que ter, pois, não viemos para ser unanimidade, antes, para fazer a diferença.
Na vida pessoal, tive alguns acertos, outros erros, porém, tudo faz parte da trajetória de todo cidadão: errar, acertar e tornar acertar novamente, porque errar novamente, ninguém merece.
Foi o ano que perdi meu pai, numa via dolorosa acompanhei seu sofrimento, durante 79 dias na UTI do HMTF, foram momentos intermináveis, onde eu não sabia o que pedi a Deus, se restaurava a saúde do meu pai, ou, se preparava ele para o encontro com Deus.
Afinal, meu pai não era uma criança, 89 anos, digamos, bem vividos, sem muitas vaidades, uma vida pacata, sem vaidade. Morreu vítima de falência múltipla dos órgãos, em razão de um atropelamento que sofreu em frente ao Supermercado Casagrande. Foi complicado, mais, em 3 de junho de 2013, 79 dias após ser atropelado, chegou ao fim o sofrimento de Júlio Rodrigues da Silva, o “Júlio Crente”, momento de descanso para ele, e de profundo sofrimento para seus 15 filhos.
A via dolorosa do meu pai trouxe ao meu encontro minha irmã mais velha Maria d’Ajuda, que eu tinha visto há muitos anos, no entanto, nunca tinha tido certa aproximação, fato que só ocorreu poucos dias antes da morte de meu pai. Ela me trouxe três sobrinhos maravilhosos, que já possuem filhos lindos, o que me fez um tio-avô muito feliz.
Foi também um ano onde ajudamos a combater a corrupção nos mais diversos níveis da sociedade. Denunciamos, cobramos, fizemos a nossa parte, chegamos ao fim do ano na certeza do dever comprido.
Na região Extremo Sul foi ano de muita expectativa em razão dos prefeitos que estavam tomando posse. Em alguns municípios a expectativa virou realidade diante das ações imediatas de alguns gestores. Noutros, a expectativa de dias melhores se transformou em grande decepção, em razão da inoperância administrativa de alguns prefeitos, os quais ficaram o tempo todo culpando o antigo gestor, quando perceberam o tempo já tinha passado e não fizeram nada.
Na área policial, digamos que 2013 foi um ano onde houve uma queda significativa no número de mortes por homicídio – acho que chegamos ao final do ano com a redução de quase 50 mortes em relação ano anterior, onde foram registradas 132 mortes; em 2013 não passamos de 90, embora o final do ano está meio que “bravo”, parece que dezembro quer entrar para história como o mês mais violento do ano.
Enquanto não perdemos gente vítimas de homicídios, as mortes por acidentes de trânsitos foram assustadoras. Apenas no primeiro dia de 2013 foram cinco mortes em um único acidente. O ano todo, se contabilizarmos todas as mortes entre Itamaraju e Mucuri, levando em conta Itanhém e Medeiros Neto, ou seja, na região Extremo Sul toda, chegamos a um número muito alto de vítimas fatais por acidentes de trânsito; em minha vida como repórter nunca tinha visto tantas tragédias.
O que houve? Será que os motoristas que estavam mais imprudentes? Ou nossas estradas que estão abandonadas e virando armadilha para matar seus usuários?
Digamos que em partes houve imprudência, em outras a situação das estradas foi crucial.
O que você vai levar de 2013? Perdas, conquistas, ou, frustrações?
Esperamos que o ano de 2014 seja ainda melhor nas conquistas, que as perdas e frustrações sejam dissipadas, que cheguemos ao final de 2014 com muitas coisas boas para contar.
Mas, vai nossa reflexão: vamos colher em 2014 o que plantamos em 2013. Espero que você tenha plantado o bem. Feliz 2014 a todos. Ano que vem voltaremos, com muito mais fôlego e vigor.
Que venha 2014.
Jotta Mendes é radialista e repórter