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Teixeira está sem rumo

28/04/2014 - 08h30

FOCO NO PODER

Por Dilvan CoelhoFoco no poder Dilvan

 Promessas não cumpridas

Quando o eleitor vota num candidato é devido, principalmente, à expectativa gerada com as propostas de campanha. Se, depois de eleito, o gestor público não cumpre as promessas desencadeia uma grande frustração, com isso, corre o risco de não concluir o mandato, ou, não poder encarar o povo e andar na rua sem seguranças. Isso aconteceu em Porto Seguro na gestão passada e está acontecendo com o prefeito João Bosco. A população de Teixeira vive um misto de indignação e revolta.

Declarações comprometedoras

O homem que exerce um cargo público deve ter muito cuidado com o que fala, porque qualquer deslize pode comprometer sua carreira política. O prefeito João Bosco por falar muito termina cometendo erros que estão comprometendo sua imagem como homem público. A primeira declaração foi quando, numa entrevista na rede Sul Bahia, ele disse que sua filha teria lhe perguntado se a cidade não tinha prefeito. Recentemente, numa entrevista na televisão, ele fez mais duas. Afirmou que a população estava ansiosa, para isso ele receitava Diazepam. A outra foi dizer que a cidade não tem estrutura para suportar tanta gente.

Situação de ingovernabilidade

O índice de reprovação do governo de João Bosco chegou a 90% da população. Isso significa que a unanimidade está reprovando seu governo. O que levou o prefeito chegar a essa situação irreversível foi a grande esperança criada em torno de sua eleição e a consequência disso é que está sendo gerada enorme frustração. O prefeito perdeu completamente a credibilidade junto à população e chegou numa situação de ingovernabilidade. Se ele hoje pintar a cidade de ouro, o povo vai acusá-lo de desvio de recursos.

Teixeira está sem rumo

O segundo mandato do Padre Apparecido deixou a desejar, tanto assim que o prefeito atual ao assumir decretou estado de emergência diante da situação critica que encontrou o município. Entretanto, ao invés de arrumar a casa e dar um choque de gestão, usou os meios legais que o decreto permitia para beneficiar esquemas de companheiros de campanha, principalmente do PT. Teixeira está ingovernável e o prefeito perdeu o controle da situação.

Uma saída honrosa

Para que o prefeito não seja defenestrado do cargo, só existe uma saída: pedir demissão e fazer uma composição com o vice-prefeito para honrar os compromissos que ele assumiu e não está cumprindo. Pelo menos com os fornecedores, prestadores de serviço e folha de pagamento. Com relação aos outros compromissos assumidos e que não tem honrado, o vice-prefeito não vai poder assumir, porque também ficaria fragilizado.

Pesquisas em Teixeira

Tanto o governo do Estado, quanto à oposição, fizeram pesquisas em Teixeira. Além da situação do prefeito ser crítica, está levando o candidato do governador a ter baixa pontuação. Pela primeira vez Paulo Souto vai ganhar a eleição em Teixeira de Freitas com uma vitória marcante. Após o governo tomar conhecimento da pesquisa, o prefeito João Bosco sequer está sendo recebido em Salvador pela cúpula governista. A palavra menos pesada que usam para se referir ao prefeito é incompetente. Pela recepção que Rui Costa teve quando veio a Teixeira dava para notar o desinteresse do povo, pois a maioria foi dos sem-terra, trazida por Valmir Assunção.

O assassinato de Gel Lopes

Sessenta dias já se passaram e até agora o Estado não deu nenhuma resposta à sociedade e a classe de jornalistas. Por conta disso os jornalistas se reuniram na Rádio Caraipe e cobraram de forma dura a apuração do crime. Na oportunidade o Presidente da Rede Sul Bahia também cobrou a apuração do crime, inclusive fez questionamentos contundentes às autoridades competentes.


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