Após erro de arbitragem, Teixeira empata com Porto Seguro na Copa do Descobrimento

Aconteceu sábado à tarde, dia 10, no Estádio Municipal de Teixeira de Freitas, a primeira partida da decisão da Copa do Descobrimento de Futebol, evento patrocinado pelos produtos Schin, e coordenado pelo desportista Luciano Santos, da cidade de Eunápolis.

Enquanto o árbitro da partida trabalhava com atenção, apesar de algumas trapalhadas, que não interferiam no resultado da partida ela foi sensacional. Na primeira etapa, mais equilibrada, a seleção de Teixeira de Freitas foi mais feliz, e aos 22 minutos fez um a zero, gol de Nilsinho, número 9, que avançou da intermediária após receber belo lançamento e na bobeada da defesa e do goleiro Neilton de Porto Seguro tocou para o gol vazio, apesar da tentativa desesperada dos zagueiros de Porto em cortar a trajetória da bola, ela foi mansamente para o fundo do gol.

Na etapa final, a equipe teixeirense se resguardou um pouco mais e esperava o adversário para tentar os contra-ataques e fazer segundo gol, mas, numa bola rebatida feita pelo zagueiro Diego para o meio de campo, a mesma caiu exatamente nos pés do perigoso atacante Kaká da seleção de Porto Seguro, que mesmo cercado por três adversários seguiu com a bola dominada e na saída do bom goleiro Uelton, que mais uma vez foi um dos destaques do time local, tocou no cantinho esquerdo para empatar o jogo aos 35 minutos.

Quando se podia imaginar que a partida ficaria empatada, Teixeira fez o segundo gol, não houve praticamente tempo do time de Porto Seguro comemorar o empate, o atacante Silvano que havia acabado de entrar pegou uma bola limpa pela direta e em velocidade enganou seu marcador, chegou à linha lateral da grande área e cruzou no pé direito do atacante Nilsinho, que de chapa chutou sem defesa para o goleiro Neilton, fazendo um belo gol, Teixeira 2 a 0, aos 37 minutos.

A seleção de Porto Seguro continuou correndo atrás do prejuízo e Teixeira conseguia manter o controle. Apesar da pressão que sofria, se imaginava que a vitória estava garantida, pois já se chegava há 44 minutos e o árbitro não mandou levantar a placa de acréscimos, embora tivesse havido muitas paralizações e excesso de cera feita pelo goleiro teixeirense, quando, de repente, o árbitro autorizou 4 minutos de acréscimos, o jogo terminaria aos 49.

Mas, isso não ocorreu, o árbitro, sem nenhuma justificativa e por conta própria, ultrapassou todos os limites aceitáveis, dando mais acréscimos além do autorizado, e aos 51 minutos, caminhando para 52, Porto Seguro, que era pressão pura, conseguiu o empate, num gol de cabeça marcado pelo meia Alex. Um minuto após, o árbitro acabaria o jogo, causando grande descontentamento a todos os presentes, propiciando, inclusive, uma tentativa de agressão e tumulto, que só foi controlado com a entrada em campo da Polícia Militar.

Não tenha dúvida que o erro cometido pelo árbitro Vanderlei Dias dos Santos, de Eunápolis, interferiu no resultado do primeiro jogo da decisão da Copa do Descobrimento SCHIN de seleções disputada na tarde do sábado (10), no estádio Municipal de Teixeira de Freitas.

Não há como afirmar se a ocorrência que prejudicou a seleção de Teixeira de Freitas e deixou muita gente revoltada foi ou não intencional. O que se observou desde que a bola rolou foi a falta de maturidade e de critério nas marcações de falta e na distribuição de cartões.

Na verdade, o segundo tempo do jogo, pelo exagero das paralizações, principalmente cometidas pelo goleiro da seleção de Teixeira de Freitas, que, naturalmente, fez o seu papel, e pelas substituições que aconteceram, era para se ter um acréscimo de até 10 minutos além dos 45 regulamentares, se as regras fossem cumpridas ao pé da letra.

Se o árbitro Vanderlei Dias dos Santos autorizasse a placa com 10 minutos de acréscimos estaria correto por cumprir a regra e, com certeza, seria compreendido pela maioria dos torcedores, comissões técnicas, equipes e imprensa, pois, houve, sim, interrupções para esse acréscimo.

O narrador da Rádio Difusora AM 580 chegou a relatar durante sua narração que o árbitro poderia, se quisesse, aplicar a regra, acrescentar, no mínimo, 10 minutos no tempo regulamentar devido aos exageros das paralizações, mas, o que ocorre é que ele deu quatro minutos de acréscimos no segundo tempo, que levaria o jogo até os 49, por isso, teria a obrigação de encerrar a partida aos 49 minutos, porém, não foi isso que ocorreu, ele levou o jogo até os 53 minutos e 30 segundos, proporcionando à seleção de Porto Seguro empatar aos 51 minutos, em 2 a 2, causando grande confusão ainda dentro de campo e muita contrariedade à torcida, aos dirigentes da Liga, Secretaria de Esporte, aos integrantes da imprensa esportiva que cobriram a partida.

Analisando as ocorrências de forma geral, o árbitro se perdeu no decorrer do jogo, porém, não seria praticamente lembrado se ele não cometesse a besteira no final, quando exagerou no acréscimo, após a determinação mostrada a todos na placa dos quatro minutos, proporcionando o empate a seleção de Porto Seguro.

O árbitro eunapolitano, senhor Valdeir Dias, sem nenhum bairrismo, teve, sim, interferência no resultado final da partida, que seria 2 a 1 a favor de Teixeira de Freitas.

Por – Jornal Tribuna do Esporte

Amadeu Ferreira