Campanha tradicional x moderna
FOCO NO PODER
Por Dilvan Coelho
Campanha tradicional x moderna
A campanha tradicional vem perdendo força a cada ano que passa, no entanto, muitas ainda são realizadas seguindo este modelo, principalmente para cargos legislativos e executivos de cidades menores, enquanto as eleições majoritárias de grandes cidades, governo de Estado e presidente, cada vez mais são disputadas usando novas técnicas de fazer política. Nenhuma outra área da política foi tão modificada pela tecnologia nos últimos 30 anos como a campanha eleitoral. Pesquisadores, estrategistas e publicitários passaram a serem peças importantes dentro da campanha moderna.
Futebol: ópio do povo brasileiro
É impressionante a reação do povo quando o Brasil ganha um jogo. Na partida contra o Chile o brasileiro sofreu muito e o jogo só foi decidido no último pênalti. Haja coração! Em todos os recantos o povo vibrou com a vitória brasileira. De agora pra frente a qualquer momento poderá ser eliminado. Entretanto, vamos torcer pelo Brasil, para que ele dê essa alegria ao brasileiro. Depois da Copa vem a campanha eleitoral, ninguém sabe ainda qual será a reação das pessoas e tudo poderá acontecer. Dizem que se o time brasileiro perder, Dilma também perde a eleição. Outros arriscam falar que mesmo o Brasil ganhando Dilma também perde, devido aos escândalos com os gastos da Copa. Um fato é certo: a política do pão e circo ainda prevalece.
É a economia, estúpido!
“Nas eleições presidenciais americanas de 1992, o então candidato à reeleição George Bush, o pai, era o favorito. O discurso patriótico baseado no fim da Guerra Fria e no sucesso da Guerra do Golfo uniu o país em torno do presidente. Entretanto, os gastos militares e o desequilíbrio fiscal estavam abalando a economia dos Estados Unidos, provocando desemprego e queda do consumo. Foi nesse ponto que a campanha do Partido Democrata atirou. Sempre que questionados sobre o que se baseavam as propostas e o futuro governo Clinton, ele e seus correligionários diziam sem muitos rodeios: It’s the economy, stupid! Deu certo. Clinton foi eleito e reeleito, zerou o déficit público e fez o país crescer vigorosamente”.
No Brasil também será a economia
Acreditamos que na eleição que se avizinha a economia vai ser determinante para o resultado. A presidente Dilma está fazendo um grande esforço para segurar a inflação, mas, não está conseguindo, e a situação vai piorar com os gastos extravagantes com a Copa do Mundo, que, segundo dizem, vai chegar a 40 bilhões de reais. Foi uma verdadeira farra com o dinheiro público. Isso vem causando indignação ao povo brasileiro, que mesmo sendo apaixonado por futebol, condena os exageros com o mundial, porque nos países aonde foram realizadas as três últimas copas foram gastos em média 10 bilhões de reais.
Convenções na Bahia e no Brasil
O prazo para o encerramento das convenções em todo o Brasil foi até o dia 30 de julho. Na Bahia, existem três candidatos competitivos: Paulo Souto, Rui Costa e Lídice da Mata. A última convenção realizada foi a da frente partidária que apoia Rui Costa, o candidato oficial do governador Jaques Wagner, que apresentou um nome que não vem conseguindo decolar nas pesquisas. A senadora Lídice da Mata, que foi eleita pelo PSB com apoio do PT, atirou sobre a convenção que o PT fez: um espetáculo de FORÇA para um candidato FRACO. Já as oposições que apoiam Paulo Souto, do DEM, fizeram uma convenção não tão espetacular para um candidato que hoje está FORTE na Bahia toda.
Pesquisas realizadas na Bahia
Recentemente, realizamos pesquisas em vários municípios do Sudoeste da Bahia e do Extremo Sul, em todos eles, sem exceção, Paulo Souto dispara nas pesquisas, independente do apoio de lideranças políticas. Existem casos que todos os grupos políticos apoiam o candidato governista, mesmo assim o povo está decidindo apoiar o candidato das oposições – Paulo Souto, como é o caso das pequenas cidades, mesmo fazendo a opção por Dilma para presidente. Tudo indica que Paulo Souto vai ganhar no primeiro turno.