Mesmo com parecer do TCM pela rejeição, Câmara aprova quase por unanimidade contas de Apparecido de 2012
A Câmara Municipal de Vereadores de Teixeira de Freitas votou na noite de terça-feira, 22 de julho, as contas do ex-prefeito padre Apparecido Rodrigues Staut referente ano de 2012 – essa era a última conta do ex-prefeito que necessitava ser votada pela Câmara de Vereadores.
O parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) era pela rejeição, em razão de que o TCM teria julgado as contas irregulares, acusando diversas irregularidades, assim, para que fossem aprovadas, era necessária maioria absoluta dos vereadores, ou seja, dos 19 vereadores que compõem o Poder Legislativo de Teixeira de Freitas, era necessário 13 votos, mesma votação das contas de 2011, que foram aprovadas por 13 a 6.
As regras da votação permitiram ao ex-prefeito usar a palavra para defender a aprovação das contas, assim, padre Apparecido falou por pouco mais de 20 minutos, quando fez um balanço de sua gestão, pedindo aos vereadores que aprovassem suas contas, pois, no seu entendimento, o TCM foi muito duro com algumas questões do seu governo, lhe aplicando, inclusive, multas por ele investir mais do que devia em saúde e educação.
Na hora da votação a expectativa era que as contas fossem aprovadas de forma apertada, como foram as de 2011, aprovadas no limite que a legislação permitia, pelo placar de 13 a 6, desta vez, era esperado um placar de 14 a 4, já que o vereador Edinaldo Rezende não participou da sessão.
Mas, quando apurados os votos, a surpresa, as contas de 2012 foram aprovadas por 17 a 1, 17 votos favoráveis e apenas um contra, quase unanimidade, o voto contrário pela aprovação foi do vereador Gilberto Lemes Soares, que, segundo suas convicções, não havia motivos para aprovar as contas do ex-gestor, fazendo questão de deixar claro que seu voto foi contra e acatando a posição de voto vencido.
Após a votação, o ex-prefeito padre Apparecido voltou a usar a palavra, quando agradeceu aos edis pela aprovação, dizendo estar ciente da importância dos vereadores para o município; afirmando que eles agiram com justiça aprovando suas contas.
O parecer do TCM, que opinou pela rejeição, é considerado um julgamento técnico, já a aprovação da Câmara de Vereadores é considerada um julgamento político, os vereadores seguiram o parecer da comissão de finanças e orçamento da Câmara, que apresentou parecer favorável.
Por Jotta Mendes/Repórter Coragem