Erlita Freitas do PT é conduzida a delegacia sob suspeita de compra de votos em secretaria municipal
A candidata a deputada estadual Erlita Freitas foi conduzida por volta das 17 horas de sexta-feira (4/10) até a sede da delegacia de polícia por suspeita de compra de votos.
O juiz eleitoral Argenildo Fernandes recebeu uma denúncia que a candidata do prefeito João Bosco estaria na Secretaria de Serviços Extraordinários obrigando os funcionários públicos, em especial os garis, a declararem apoio à sua candidatura.
O juiz eleitoral, acompanhado da promotora Graziela Junqueira, mais uma guarnição da Polícia Militar e o coordenador da Polícia Civil delegado Marcus Vinícius, estiveram no local e deram o flagrante na candidata distribuindo santinho durante a suposta festividade que acontecia em horário de trabalho dos funcionários. Vários cabos eleitorais estiveram presentes e ainda tentaram esconder os santinhos ao verem a presença das autoridades, mas, numa ação rápida, o juiz Argenildo Fernandes conseguiu flagrar a cena.
Uma sacola com diversos materiais de campanha da candidata foi recolhida e conduzida à delegacia juntamente com Erlita, que foi dentro do carro do delegado.
Três funcionários também foram conduzidos. Durante a oitiva, os advogados e procuradores do município, Emanuel Ferraz e Renato Lacerda, estiveram na delegacia dando suporte a candidata e protegida do prefeito. Vereadores presentes no local questionaram o porquê de advogados do município estarem indo dar apoio jurídico a candidata, uma vez que são responsáveis pelo município e não, particulares.
O tenente-coronel Paulo Silveira também esteve na delegacia, fato atípico percebido por toda imprensa que se encontrava no local. O comandante protagonizou uma cena, no mínimo, questionável, quando em uma manifestação no bairro Colina Verde foi em defesa da administração municipal e chegou a chamar o protesto dos moradores – que bloquearam a via pedindo a execução do asfalto prometido pelo prefeito – de palhaçada.
A candidata permaneceu até as 21 horas na sede da 8ª Coorpin prestando esclarecimento, saindo às escondidas pelo fundo da delegacia em um carro com vidros escuros.
Funcionários da secretaria comemoraram a ação da Justiça Eleitoral, pois se diziam pressionados pela candidata do prefeito a declararem apoio à ela.
A candidata Erlita usou de forma explícita a máquina municipal, tentando obter vantagem através do apoio de prefeito de Teixeira de Freitas. Não raro vemos em sua carreata, com meia dúzia de gatos pingados, um carro da Secretaria de Trânsito dando suporte à preferida do gestor, como também da guarda municipal fazendo sua segurança.
Até quando a candidata e o prefeito irão se utilizar dos bens municipais em benefício próprio? Com a palavra, o Ministério Público.