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Teixeira procura uma opção para prefeito

03/11/2014 - 09h53

FOCO NO PODER

Por Dilvan CoelhoFoco no poder Dilvan

PSDB tem 4 nomes fortes para 2018

Aécio Neves saiu maior do que entrou na disputa eleitoral e se tornou o maior líder da oposição, respaldado por 51 milhões de votos. Serra, que já disputou a eleição presidencial duas vezes, depois de ter sido prefeito e governador de São Paulo, retorna ao senado após derrotar o poderoso senador do PT Eduardo Suplicy. Já Geraldo Alckmim, depois de ter sido derrotado por Lula em 2006, ganhou o governo em 2010 e foi reeleito agora no primeiro turno com 57% dos votos paulistanos. Além destes três nomes, o senador Álvaro Dias, que foi reeleito com a maior votação que um senador teve no País, mandou recado: “O PSDB precisa parar de analisar seus quadros apenas entre São Paulo e Minas”.

A oposição da Bahia ficou fragilizada

O processo político da Bahia foi coordenado por ACM Neto, que conseguiu formar uma chapa de coalizão envolvendo os três maiores partidos de oposição: DEM, PMDB e PSDB. Paulo Souto saiu de três derrotas consecutivas e praticamente fica fora do jogo político, Geddel saiu de duas derrotas – uma de governador e outra para senador. O candidato a vice-governador do PSDB, que já estava fora do jogo, continuará sem perspectiva de retornar. Só restou ACM com mandato, mesmo assim, está buscando uma saída para não ficar isolado no poder. Ele precisa continuar tendo o apoio do governo federal para governar Salvador, uma cidade complexa devido aos seus enormes problemas urbanos. Resta saber quem irá comandar a oposição na Bahia.

O Extremo Sul ficou fortalecido

Foram eleitos seis deputados do Extremo Sul da Bahia – três federais, Valmir Assunção, Ronaldo Carletto e Uldurico Júnior – e três estaduais – Jânio Natal, Robério Oliveira e Robinho. De todos eles, o único eleito da oposição foi Uldurico Júnior, resta saber se continuará. Se ele continuar, precisa ter uma bandeira para defender a região, fazendo uma oposição inteligente, cobrando do governo uma ação mais eficiente do que foi a do governo de Jaques Wagner, que mesmo tendo tido a maior votação proporcional da Bahia em Teixeira de Freitas, deixou a desejar, tanto assim, que seu candidato Rui Costa foi derrotado por Paulo Souto, que ganhou pela primeira vez no município.

Agora o dinheiro do PAC deve ser liberado

Com a vitória de Rui Costa na Bahia e a reeleição de Dilma para presidente, ambos do PT, o prefeito João Bosco, do PT de Teixeira, conta como certa a liberação dos recursos do PAC no valor de R$ 300 milhões, conforme anunciado por ele. Hoje, o gestor está com alto índice de reprovação do seu governo, que chega a 87%. Uma demonstração disso foi o resultado das urnas em que seus candidatos a deputado federal e estadual tiveram uma votação pífia. O federal teve 4% e o estadual 9%, mesmo com abuso de poder e uso da máquina administrativa, cometendo crime eleitoral conforme foi flagrado. A maior vulnerabilidade do prefeito está na questão da crise moral que seu governo mergulhou e é de difícil recuperação. O que o eleitor mais exige dos gestores atuais é ética e transparência com o dinheiro público.

Teixeira procura uma opção para prefeito

O que mais ouvimos hoje na cidade é a busca de um nome novo para enfrentar o prefeito João Bosco na próxima eleição. Os nomes mais fortes que fazem oposição, Uldurico Pinto e Timóteo Brito, ambos já saíram de derrotas seguidas. Entretanto, o apoio dos dois pode decidir a eleição, desde que estejam alinhados. Isso porque, se tiver vários nomes disputando a eleição, certamente, o atual prefeito tem chance de ganhar, devido ao peso da máquina, que numa eleição municipal influencia muito. Porém, se as oposições se unirem em torno de um nome novo, que tenha demonstrado espírito público ao longo do tempo, provavelmente, ganharão a eleição do atual prefeito, que já perdeu muitos aliados que foram importantes na sua vitória, mas, ele virou as costas. “Os piores inimigos são aqueles que um dia foram amigos”.


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