Maior realização de Erlita de Freitas como secretária foi pagar 130 mil por projeto plagiado
Vereadora mais votada nas eleições 2012 em Teixeira de Freitas, Erlita de Freitas (PT) logo despertou a cobiça pelo poder. Ao invés de planejar suas ações para recompensar os votos que a fizeram mais votada entre todos os vereadores eleitos, a nobre edil começou a pavimentar terreno em busca de lugares mais altos no poder.
Chegando a convencer o prefeito João Bosco Bittencourt (PT) a lhe dar uma secretaria, onde a mesma teria uma visibilidade maior e, com isso, apareceria mais para uma eventual candidatura a deputada estadual.
João Bosco, então, lhe entregou a Secretaria de Habitação, uma pasta de muita importância, mas que não estava recebendo a devida atenção do governo anterior, e, caso a nobre vereadora conseguisse destaque, pavimentaria o terreno para candidatura a deputada.
Cheia de empolgação, a vereadora querendo mostrar serviço, apresentou o seu primeiro projeto, que foi o Plano Local de Habitação e Interesse Social.
Então, observe o que aconteceu.
Após os trâmites de licitação iniciados em setembro de 2013, a empresa vencedora, DRI Consultoria e Assessoria Ltda., sediada em Lauro de Freitas/BA, firmou contrato com a prefeitura em 4 de outubro de 2013 no valor de R$ 129.800,00, para elaborar o Plano Local de Habitação de Interesse Social, conforme diretrizes dos Planos Nacional e Estadual de Habitação e Interesse Social.
Os valores foram pagos em três parcelas, a última em fevereiro deste ano, quando a empresa concluiu o Plano e enviou à Câmara de Vereadores o Projeto de Lei para sua aprovação. O problema é que, ao invés de elaborar um plano de habitação próprio dentro das demandas de Teixeira de Freitas, como estava previsto no contrato de prestação de consultoria, a empresa DRI plagiou os das cidades de Maringá, no Paraná, e de Pouso Redondo, do Estado de Santa Catarina.
O plágio foi descoberto inicialmente pelo vereador Edinaldo Rezende, que analisava o projeto em seu gabinete. Depois dele, o ex-vereador Aílton Agente de Saúde (PT), agora secretário de Habitação do município, também notou que os nomes das duas cidades constavam no plano e pediu a retirada do projeto da Câmara, antes que a proposição passasse pelas comissões permanentes.
O principal questionamento é como um plano de habitação plagiado de duas cidades do Sul do país poderão atender às necessidades de Teixeira de Freitas?
A vereadora Erlita, que usou a tribuna da Câmara logo em seguida, na época, assumiu que houve erros no projeto, mas, não soube explicá-los. Disse apenas que além das correções, o plano passa por adequações. Sobre a contratação da DRI Consultoria, a ex-secretária afirmou que o processo licitatório foi feito dentro dos parâmetros legais acompanhados pela Procuradoria Municipal.
O que questionamos agora é como a vereadora que foi derrotada de forma vergonhosa nas eleições de 2014, mesmo tendo utilizado de forma escancarada a máquina pública do município em seu favor, vai se justificar diante de seus eleitores para merecer um eventual segundo mandato?
Sem falar que o trabalho da edil na Câmara de Vereadores tem sido inócuo, muito aquém daquilo que representa a votação que recebeu nas urnas em 2012.
O mandato da vereadora Erlita de Freitas é o que pode se chamar de inútil.
Até aqui a vereadora tem usado o mandato apenas para satisfazer os caprichos do prefeito João Bosco, além de gastar boa parte do tempo em promoção pessoal, como ficou evidenciado em diversos outdoors espalhado pela cidade e região no final de ano.
Sem secretaria, a vereadora não pode mais comprar projeto plagiado, que foi sua grande realização como secretária, mas pode, a exemplo do vereador Gilberto do PT, copiar projetos de outros municípios e apresentar na Câmara Municipal como se dela fosse.
Ainda há tempo da plagiadora, ops! vereadora, quem sabe, copiadora, despertar e fazer um meio mandato, que honre os votos recebidos, caso isso não aconteça, assim como chegou poderá sair da Câmara de Vereadores sem deixar saudade.
Por Jotta Mendes/Repórter Coragem