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Dor e lágrimas no sepultamento do radialista Ivonaldo Batista assassinado com 11 tiros em Itamaraju

26/07/2015 - 18h05
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Uma multidão acompanhou o cotejo fúnebre e o sepultamento do historiador e radialista Ivonaldo Batista, no final da tarde deste sábado (25), que teve seu corpo velado na 1ª Igreja Batista, na Praça Dois de Julho, em Itamaraju, onde congregava desde sua adolescência. O culto de corpo presente foi celebrado pelo pastor Cival Gomes. O advogado trabalhista Agileu Batista fez um emocionante pronunciamento em nome da família para homenagear pela última vez o irmão caçula. Os alunos do curso de história da UNOPOAR também prestaram uma homenagem ao professor Ivonaldo Batista, dentre tantas outras manifestações que recebera de despedida.

Ivonaldo Batista

O radialista e professor universitário Ivonaldo Batista dos Santos, 48 anos, apresentador do programa jornalístico “Bom Dia Cidade” das 07h às 08 horas pela Rádio Extremo Sul AM de Itamaraju, foi assassinado com 11 tiros por volta das 19h30 desta sexta-feira (24/07), no portão do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, na Rua Irmãos Andrada, no bairro Jaqueira, em Itamaraju.

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Ivonaldo Batista teria ido no início da noite para se matricular numa pós-graduação da UNEB que funciona no Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães, no qual colégio também já tinha sido professor. Mas durante a matrícula teria descoberto que havia esquecido as fotografias e então ligou para um mototaxista conhecido que fosse à sua casa na Rua Santa Catarina, no centro da cidade alta, buscar as fotografias e as levasse para ele no Colégio. Enquanto isso, ele ficou na frente da escola sentado em um banco falando ao celular, mas com a chegada do mototaxista ele teria desligado o telefone e ido ao portão da escola buscar a encomenda nas mãos do motoqueiro.

Ao receber as fotografias das mãos do mototaxista, tirou uma nota de R$ 50 para pagar a corrida e tão logo pegou os R$ 45 de troco, um indivíduo negro e magro que chegara sobre a garupa de uma bicicleta, se aproximou e do lado do mototaxista, disparou o primeiro tiro contra o olho direito do radialista que caiu imediatamente. Daí o mesmo homem disparou mais 5 tiros contra a vitima no chão, depois ele sacou de uma segunda arma e disparou mais 6 tiros. O radialista foi morto além do tiro no olho direito, com mais 5 tiros no braço esquerdo, três na perna esquerda e dois no abdômen.

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Após a execução o atirador montou na garupa da bicicleta conduzida por um segundo elemento. Eles desceram em direção à BA-489 e curvaram à direita em direção ao trevo e quase foram atropelados por uma motorista que se surpreendeu com os matadores que surgiram de uma vez na sua mão de direção. Mas os criminosos não “vazaram” o Trevo da Jaqueira, na sequência eles desceram à esquerda pela Rua da Cerâmica em direção à Rua Lomanto Junior, de onde não foram mais vistos.

Pelos projéteis extraídos do corpo do radialista, o assassino usou dois revólveres calibre 38. Ao lado do corpo foi detectado um tiro contra o piso da alameda da escola, caracterizando que o matador descarregou as duas armas, disparando 12 tiros contra a vítima, acertando onze. Conforme o delegado-chefe da 8ª Coordenadoria Regional da Polícia Civil, delegado Marcus Vinicius, uma equipe foi direcionada somente para apurar o crime. Cujo homicídio trata-se de uma execução clássica, até porque os matadores esperaram o momento que o vigilante saísse da guarita do portão em direção ao interior da escola para que eles se aproximassem e promovessem o crime.

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A Polícia Civil já sabe que horas antes do crime, dois homens desconhecidos estacionaram um carro preto nas proximidades da residência da vítima e andaram até à frente da sua casa e, logo depois, quando a vítima parou em uma padaria para lanchar, um desses mesmos elementos também permaneceu no recinto observando Ivonaldo. Como o radialista usou um ônibus coletivo para chegar à Escola e os criminosos observando a incumbência da vítima naquela noite, eles tiveram tempo suficiente de recalcular o plano e terminaram usando uma bicicleta, possivelmente para confundir as investigações.

O sepultamento do radialista Ivonaldo Batista foi acompanhado por uma multidão formada pelos familiares, pelos irmãos de Igreja, alunos, colegas, professores e companheiros da Câmara Municipal, onde era funcionário concursado há 18 anos. Nas homenagens todos se lembraram dele como era, brincalhão, gozador, ágil nas ações, dedicado e um apaixonado pela família. Ivonaldo Batista deixou viúva a professora Balbina e também dois filhos, o universitário Matheus e a adolescente Juliana.

Fonte Teixeiranews


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