Bahia

Greve na Bahia entra no 34ª dia

15/05/2012 - 08h07

O impasse entre professores da rede estadual de ensino e governo do estado entra no segundo mês. Mais de 1 milhão de estudantes estão sem aulas em toda a Bahia. A paralisação que não tem data para acabar já começa a representar prejuízos para o ano letivo.

Uma nova assembleia será realizada hoje a partir das 9 horas, na Assembleia Legislativa da Bahia no (CAB), onde a categoria está acampada desde o início da paralisação.

De acordo com informações da diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Ana Angélica Bastos, o corte nos salários dos professores fortaleceu ainda mais o movimento. Segundo ela, a assembleia tem como principal objetivo avaliar alguns pontos e discutir novas estratégias para divulgação da greve. “Os professores estão abertos ao dialogo.

Além do corte no nosso salário, ficamos sem o cred cesta e impossibilitados de recorrer ao empréstimo consignado. Não vamos parar de lutar enquanto o governo não sentar para conversar”, ressaltou Bastos.

Ainda de acordo com a diretora da APLB, a categoria não aceita a aprovação do Projeto de Lei 19.779/2012, que trata do reajuste salarial dos professores da rede estadual e que foi aprovado na noite do dia 24 de abril, por 33 voto a favor versus 19 votos contrários. Com a aprovação do projeto, os professores terão reajuste de 3% em 2013 e 4% até 2014. Porém, a categoria luta por um reajuste de 22,22%.

O governo, afirma que a reivindicação não será atendida porque o Estado não tem caixa para custear um novo aumento à categoria, que reúne 37 mil profissionais, e alega que o salário-base de professores com licenciatura é maior do que o piso nacional.

Com base na decisão do desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gesivaldo Britto, que classificou a greve como ilegal e determinou o retorno imediato dos professores, a Secretaria Estadual de Educação suspendeu o pagamento dos grevistas no dia 26 de abril.

A esperança dos professores é que o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, possa ajudar nas negociações com o governo. Porém, a assessoria da Arquidiocese informou que até o momento nenhum encontro foi marcado entre representante do governo e Dom Murilo.

Fonte tribunadabahia


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