Homem ataca médico e quebra equipamentos do INSS após ter auxílio-doença negado
Funcionários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) de Teixeira de Freitas viveram uma manhã de terror nesta sexta-feira (15), quando um segurado da Previdência Social surtou e quebrou vários computadores, porta e móveis do prédio que fica no Bairro Monte Castelo, após ter seu pedido de reconsideração indeferido.
O segurado, Patrick Lopes Dias, procurou o INSS para dar entrada em um pedido de auxílio doença e, na perícia inicial, foi indeferido o pedido por inexistência de incapacidade laborativa. Após um período, ele pôde dar entrada em um Pedido de Reconsideração, que é uma segunda perícia realizada por outro médico, e era o que ele fazia nessa manhã de sexta-feira.
Há relatos de funcionários públicos que já haviam sido agredidos verbalmente pelo Patrick, mesmo assim, o segurado foi atendido normalmente.
Na manhã de hoje, antes de ser atendido, ele chegou ameaçando os atendentes dizendo, que caso sua perícia fosse negada, a coisa ia ficar feia. O médico o examinou, e o Patrick aguardou na recepção.
Assim que o resultado saiu o homem começou a xingar e invadiu a sala do médico que já atendia outra pessoa. Ele tentou atacar o médico e quebrou diversos computadores, portas, bebedouros, móveis e divisórias, conforme fotos que outro segurado enviou para nossa equipe de reportagem.
Nesse surto, Patrick acabou jogando um dos computadores na mãe dele, machucando-a levemente.
Ele também machucou o perito que tentou se defender e outros funcionários que tentaram controlá-lo, mas, ninguém obteve sucesso. Como o perito correu, ele foi para o lado de fora do INSS e gritava palavras de baixo calão e, segundo testemunhas, ameaças de morte ao perito do INSS.
De acordo com informações de conhecidos de Patrick, ele sofre de depressão e vive somente ele e a mãe, que com o dinheiro que recebe não consegue comprar sozinha os remédios do filho.
Patrick estava tentando conseguir o laudo, pois, desde o mês passado ele não recebe o benefício. Ele já havia sido diagnosticado como sendo depressivo e que apresentava surtos psicóticos, porém, em nenhum laudo fala que ele apresenta demência.
Patrick trabalhava como enfermeiro e pediu afastamento por conta de problemas psicológicos. Ele foi conduzido pela Polícia Militar para a Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, onde foi ouvido pelo delegado plantonista, Júlio César, que também escutou a versão dos funcionários do INSS.
O delegado arbitrou fiança de R$ 880,00.
Petrina Nunes/LN