Coronel acusado de estuprar menina de 2 anos tem histórico de crimes contra crianças
Em 1993, ele foi preso sob suspeita de tráfico de bebês, mas não foi condenado
Acusado de estuprar uma menina de dois anos, o coronel reformado da Polícia Militar Pedro Chavarry Duarte já possui histórico de crimes contra crianças.
Em 1993, ele foi preso sob suspeita de tráfico de bebês, mas não foi condenado.
O secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Paulo Melo, contou que participou da prisão do então capitão da PM na década de 1990.
“Fui procurado por uma associação de moradores de Bangu, que relatou o envolvimento de um PM na venda de crianças. Montamos uma operação com a ajuda do 14º BPM (Bangu) e ficamos esperando no local onde os bebês eram deixados de manhã, sob o efeito de tranquilizantes, e, à noite, levados pelo bando. Quem da quadrilha chegou para pegar o bebê, de apenas quatro meses, foi o então capitão Chavarry, preso em flagrante”, afirmou ao jornal O Globo.
“Ele se aproximava das mães, geralmente de comunidades muito carentes, e dizia que trabalhava para a Igreja e iria arrumar uma creche. Até colocava os bebês em creches, mas, em seguida, convencia as mães de que elas não tinham condições de criá-las, e que o melhor seria doá-las. Depois, essas crianças eram vendidas pelo oficial”.
Chavarry Duarte foi preso em flagrante com uma menina de dois anos nua em seu carro, no Complexo da Maré.
De acordo com a Polícia Militar, uma testemunha que trabalha próximo ao local afirmou que o coronel já havia sido visto anteriormente com crianças.
A menina foi entregue ao coronel por Thuanne Pimenta dos Santos (23 anos), que afirmou em depoimento que se encontrou com o policial para receber um pagamento referente a uma faxina que havia feito em sua casa. Ela alegou ainda que deixou a criança com o Chavarry Duarte porque esqueceu o celular em casa.
Após a prisão, a polícia também apreendeu três frascos de remédios que podem servir para dopar crianças no carro do coronel.
A PM informou que ele será submetido a processo administrativo disciplinar e julgado na corporação.