Passeata pede justiça pela morte de estudante e cobra reforma de colégio
Familiares e amigos do estudante Flávio Ramon, que morreu eletrocutado no Colégio São Bernardo, fizeram na manhã desta quinta-feira (3), passeata na cidade de Itanhém pedindo justiça e cobrando a reforma da escola.
Alunos com faixas e cartazes e professores também participaram do evento, que iniciou na Avenida Sady Teixeira, no Bairro São João, em frente à escola, e seguiu para a sede da secretaria da Educação, no Centro da cidade, passando pela praça Otávio Mangabeira e Avenida Maria Moreira Lisboa. De lá, o movimento decidiu seguir para a prefeitura, onde uma comissão foi recebida pelo prefeito Milton Ferreira Guimarães, o “Bentivi“.
Desde a quinta-feira (27) passada, quando aconteceu a tragédia, as aulas estão suspensas e a direção da unidade de ensino havia marcado para hoje o retorno das aulas.
“Montamos um cenário especial para receber nossos alunos. Uma psicóloga faria uma palestra para preparar a todos para esse retorno”, disse a diretora Normélia Alquilina Silva, que assumiu a direção há apenas quatro meses.
“Estamos nos solidarizando com a família e é doído para todos nós, família e educadores”.
“Respeitamos a posição da família”, completou James Silva Costa, um dos vice-diretor.
“O que a família pede é também o que nós queremos, que a escola tenha condições de receber os alunos”.
Quando a passeata chegou na sede da secretaria, a titular da pasta, Lucineide Gonçalves, recebeu os manifestantes e abraçou familiares. Ela fez um breve discurso com tom religioso e disse estar consternada com a situação. No final alunos e familiares fizeram alguns questionamentos e a secretária, prontamente e de modo técnico, respondeu a todos.
A crônica “Flávio diria à mãe: É de batalhas que se vive a vida, nada acabou”, do jornalista Edelvânio Pinheiro, que foi narrada pelo comunicador Edvaldo Miranda, foi apresentada ao público em um carro de som.
O tio do adolescente, Almir Costa, discursou falando do sofrimento da família, do empenho para que a reforma da escola seja feita e da luta por justiça.
Edelvânio Pinheiro/Água Preta News