Bahia

Mulher diz ter enterrado filho, mas polícia só encontra macumba

21/11/2016 - 14h35
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Uma equipe do Departamento de Polícia Técnica  de Mucuri se deslocou até o Distrito de Itabatã para fazer a exumação do corpo de uma criança de pouco mais de 1 ano, mas, ao abrir o caixão, encontrou apenas materiais de macumba.

Segundo o delegado titular de Mucuri, Dr. Charlton Fraga, uma senhora, identificada como Edileuza Pinto da Silva, moradora de Itabatã, que trabalha como mototaxista no distrito, teria supostamente enterrado uma criança, que seria seu próprio filho, no cemitério local, sem a devida D.O. (Declaração de ÓbitoA ação teria ocorrido no período noturno e sem o conhecimento dos funcionários do cemitério.

Após ter sepultado a “criança“, Edileuza teria tentado tirar uma Certidão de Óbito no Cartório de Mucuri.

Desconfiado da história, os funcionários do Cartório procuraram a polícia.

Diante das alegações da suposta mãe, o delegado solicitou a exumação do corpo da criança para apurar a realidade das informações da mulher e, caso fosse verdade, a possível causa da morte do falecido.

Antes do pedido, o delegado ouviu várias testemunhas e todos informavam que nunca viram a Edileuza com criança, e que não sabiam que ela tinha um filho de pouco mais de um ano, como alegava a mototaxista.

Segundo o coveiro, há dois meses, a referida mulher o procurou no cemitério para sepultar uma criança, mas como estava tarde, ele orientou que a mesma voltasse na manhã seguinte.

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Ainda segundo o coveiro, ele perguntou se havia uma D.O e a mesma disse que sim. Então, ele disse a ela que iria deixar tudo pronto, mostrou qual sepultura seria a da criança e pediu que ela providenciasse a documentação para o sepultamento no outro dia. Pela manhã quando chegou para trabalhar, o coveiro descobriu que a mulher havia invadido o cemitério no período da noite e sepultado a possível criança. Sem poder fazer mais nada, orientou a mulher que trouxesse a D.O. Foi quando a mesma procurou o cartório.

Na manhã desta terça-feira (12), o delegado Charlton e sua equipe, juntamente com os peritos do DPT de Teixeira, se dirigiram ao cemitério para os procedimentos de exumação.

Segundo o perito Bruno Melo, o caixão estava enterrado a aproximadamente 60 centímetros, tratava-se de uma urna funerária infantil e dentro da mesma só foi encontrado penas de aves, restos de carne em decomposição, três corações bovinos, pés de galinhas, diversas velas de “macumba” e uma foto já em avançado estado de decomposição, de modo que não era mais possível reconhecer a imagem.

Ainda segundo o perito Bruno Melo, a foto pode ser de alguém que seria o alvo do ritual da magia negra.

Ainda havia pedaços de tecido, possivelmente da pessoa da foto, mas o “trabalho” da mulher foi desfeito pela polícia. De acordo com o delegado Charlton, a mulher colocou na cabeça que tinha uma criança e que a mesma havia falecido e provocou todo esse problema, sendo preciso deslocar todo o aparato do Estado para a exumação de restos de animais e materiais de magia negra.

Ainda segundo o delegado, Edileuza vai responder por crime de registro de nascimento inexistente e falsidade ideológica.


Informações Liberdade News



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