Dia Internacional da Mulher é comemorado nas escolas
O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de Março será comemorado em diversos colégios da rede estadual com eventos que envolvem toda a comunidade escolar e palestras, seminários e mesas redondas, oficinas envolvendo as disciplinas curriculares, concurso de poemas e leitura de livros fazem parte da programação.
No Colégio Duque de Caxias, em Salvador, no bairro da Liberdade, o dia 8 de março será comemorado com todas as mulheres da comunidade. “Neste dia, estaremos prestando uma homenagem mulheres com leitura de um texto, em sala de aula, e a distribuição de um poema para as mulheres com a simbologia de uma fitinha rosa amarrada no braço”, explica a diretora Eliete Silva.
A gestora ressalta que o colégio tem um grupo de sexualidade que realiza um trabalho durante todo o ano com os estudantes, estendendo para todo o bairro. “Com esse projeto, procuramos informar ao nosso alunado a importância da mulher no mercado de trabalho, valorizando-a como cidadã”, diz.
No Colégio Estadual 7 de Setembro, no bairro de Paripe, a programação em homenagem ao Dia Internacional da Mulher será realizada na segunda, dia 12/3, com três palestras, abertas para alunas e mães, nos turnos matutino e noturno, dentro do projeto Kayodê. A historiadora Claudia Góes abordará o tema Mulheres das militâncias e suas diversidades na década de 80; a coordenadora do departamento da juventude de Lauro de Freitas, Érica Barbosa, falará sobre Mulheres, qual é a sua obra?
Interior do Estado – No Colégio Estadual Otto Alencar, no município de Cravolândia o Dia Internacional da Mulher será comemorado com o projeto interdisciplinar Perfil de Mulher, na quinta-feira (8/3). “O programa tem como foco não só prestar uma homenagem momentânea às mulheres pelo seu dia, mas, sim, aproveitar esta data para começar a pensar sobre as diferenças de gênero, orientação sexual, étnica e econômica, com enfoque na mulher”, explica a diretora Agenilda Santos Oliveira.
O projeto será aberto com apresentação de slides, com fotos de mulheres que fazem parte da equipe da escola e entrega de rosas para as mulheres da comunidade escolar. Na programação, palestras, seminários e mesas-redondas, além de oficinas envolvendo as disciplinas curriculares, pesquisa de campo, concurso de poemas, leitura de livros e produção de documentário sobre as mulheres da cidade.
“Fizemos uma parceria com a Secretaria de Saúde para oferecer palestras sobre orientação sexual e doenças que atingem as mulheres, a exemplo do câncer de mama”, acrescenta a diretora. Está previsto, ainda, a criação de um livro com o perfil da mulher no contexto atual, envolvendo coletânea de poemas construídos pelos alunos. O projeto se encerra no dia 11 de maio, Dia das Mães, quando os filhos das alunas -mães irão homenageá-las.
Já a Diretoria Regional de Educação de Santo Antônio de Jesus (Direc 4) participa, mais uma vez, da feira realizada por várias entidades do município de Santo Antônio de Jesus, que acontece das 9h às 17 h, na quinta-feira, dia 8, na Praça Padre Mateus. O tema do estande da Direc 4 é A arte de ser mulher na educação, por meio do qual serão mostrados os trabalhos desenvolvidos pelas professoras, gestoras, secretárias, alunas, técnicas administrativas, serventes e merendeiras das escolas que compõem a Direc 4.
Respeito às diferenças – “O dia 8 de março é uma data importante para as mulheres e a educação tem um papel fundamental na luta pela igualdade de direitos”, afirma a superintendente de educação básica da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Amélia Maraux. Segundo ela, é um momento para refletir sobre o lugar que, historicamente, as mulheres ocupam na sociedade e discutir as desigualdades de gêneros.
A escola, portanto, deve propagar uma educação que respeite as diferenças para que essas não se tornem desigualdades. Então, o seu papel é desconstruir ideias preconceituosas no ambiente escolar e fora dele, como frisou Amélia Maraux. “Todos nós, cotidianamente, podemos fazer algo contra as discriminações, desvalorização, desrespeito e violências morais, físicas e sexuais em relação às mulheres. Assim, devemos cuidar para que as diferenças de gênero, sexual, étnico-racial e econômica não sejam transformadas em práticas discriminatórias”.
História – No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte-americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente, 130 tecelãs morreram carbonizadas. O dia foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 1975, em homenagem às operárias mortas na fábrica, embora a data seja celebrada desde 1910.