Homem mata esposa a marretadas e corpo fica 9 dias enterrado em bar; autor foi preso
Investigadores da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Santo Antônio de Jesus), Recôncavo da Bahia, prenderam, na segunda-feira, 9 de setembro, Antônio dos Santos Borges, 44 anos. Ele matou a companheira, Maria Damiana dos Santos, 55, e enterrou o corpo da vítima no quintal do bar de sua propriedade.
Localizado em uma oficina mecânica, no bairro Ernesto Melo, Antônio foi conduzido para a Delegacia Territorial (DT), daquela cidade, onde confessou ter matado a companheira com golpes de marreta, enquanto ela dormia. O crime foi no sábado, 31 de agosto, depois de uma discussão entre o casal.
Ele ainda tentou negar o homicídio e só confirmou depois que os policiais encontraram o celular de Damiana escondido no carro dele. Em seguida, Antônio indicou o local onde escondeu o corpo da mulher, com quem conviveu durante 9 anos, e foi autuado em flagrante por ocultação de cadáver.
Segundo a polícia, o autor do crime enrolou o corpo de Damiana em um tapete e fez uma caixão improvisado com madeira. Após jogar terra em cima, cobriu com engradados de cerveja para poder camuflar o local e não despertar suspeita.
De acordo com o delegado, Orlando Corsino, titular da DT/Santo Antônio de Jesus, a investigação teve início na sexta-feira, 6, depois que a filha da vítima registrou ocorrência do desaparecimento de Damiana.
“Diligenciamos na rua Vereador João Silva, onde o bar fica localizado, e ouvimos várias pessoas para traçar uma linha de investigação”, detalhou.
Alguns dos relatos dão conta de que o Antônio teria pedido ferramentas como pá e enxada a um vizinho no sábado, 31, “as pessoas me falaram que ele pediu a uma pessoa um cavador, uma pá e uma enxada. E também me falaram que ele chegou no domingo pedindo faca a uma outra pessoa e estava com uma quantia de dinheiro caindo pelo chão, e também que ele colocou o carro de ré dentro do bar e saiu de madrugada”, contou.
Ainda segundo o delegado, quando questionado por familiares e amigos sobre a ausência de Damiana, Antônio informava que a companheira havia ido embora de casa, sem falar para onde.
A família de Damiana afirmou que o Antônio, era nervoso e tratava mal a vítima.
Após a abertura do bar, a população, revoltada, se concentrou na frente do estabelecimento e, por pouco, o suspeito não foi linchado pela multidão.
Até o momento, não é conhecida a motivação do assassinato. O delegado aguarda a realização da perícia técnica para confirmar o depoimento do criminoso.
Antônio vai responder por feminicídio e ocultação de cadáver e já teve a prisão preventiva solicitada à Justiça.
Edição: Bell Kojima