Bahia

Infraero anula licitação para proteção de bagagens na BA

22/05/2013 - 20h04

Não bastasse a reforma pela qual passa o Aeroporto Internacional de Salvador, que causa uma série de transtornos para os passageiros, o terminal está sem fornecedor oficial do serviço de embalagem e proteção de bagagens. Aberta no início do ano, após o contrato da detentora da concessão, a M&M Prestação de Serviços Ltda. – franqueada da marca Protec Bag – vencer, a licitação para a definição da nova provedora do serviço foi anulada.

A Infraero decidiu cancelar o processo depois de uma série de recursos interpostos por empresas derrotadas nas etapas da licitação, das quais participaram cinco empresas. Ao fim da análise das empresas e da fase dos lances, da qual participaram três empresas, a Alves & Yoshiy Comercial e Distribuidora Ltda. venceu a licitação. A proposta vencedora foi de pagamento mensal à Infraero de R$ 183,5 mil pelo aluguel do espaço para o serviço, uma área de 21,88 metros quadrados no piso de embarque do terminal.

A M&M terminou em segundo, após oferecer R$ 183 mil mensais à estatal, e a Pro Scan Comércio e Serviços Ltda. – também franqueada da Protec Bag – ficou em terceiro, com lance de R$ 45 mil pelo aluguel. Após a decisão, veio a primeira reviravolta: A Pro Scan recorreu, alegando problemas na documentação das duas primeiras colocadas.

Após análise feita pela Infraero, no fim de março, as duas foram desclassificadas, fazendo com que a Pro Scan vencesse a licitação. O novo resultado, porém, foi contestado pela quarta colocada da concorrência, a Nase Embalagens Especiais Ltda. A empresa, que não havia se qualificado para a fase de lances, no início do processo licitatório, alegou possível conluio entre as três empresas para beneficiar a Pro Scan. Os argumentos foram a similaridade das ofertas feitas pelos dois primeiros colocados, a grande diferença desses valores para o oferecido pela Pro Scan e a deficiência da defesa dos dois primeiros após ter suas documentações contestadas – de acordo com a Nase, uma das empresas sequer apresentou uma defesa. Além disso, foi citada deficiência nos documentos apresentados pela Pro Scan. Em abril, o pregoeiro da Infraero, Marcos Almeida de Souza, emitiu parecer oficial recomendando à Infraero a anulação do processo licitatório, “considerando os princípios da administração pública, com ênfase na autotutela, na isonomia e na moralidade”. Após análise, a Infraero acolheu a recomendação do pregoeiro. As empresas envolvidas não se pronunciaram sobre o caso. Enquanto o conflito não se resolve, o terminal não tem um fornecedor oficial para o serviço – pelo qual a M&M, detentora da exclusividade por duas décadas, pagava R$ 5 mil mensais à Infraero.

Fonte: Bahianotícias


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