Vereador Ailson Cruz denuncia descaso no Mercadão; muita sujeira e ponto de prostituição

O vereador Aílson Cruz, do PSDB, e ex-secretário de Indústria e Comércio de Teixeira de Freitas, voltou a denunciar que ele chama de descaso por parte da administração com Mercado Municipal, “Mercadão”.

Para Aílson, o local que abriga centenas de feirantes, deveria ser tratado como um centro cultural, mas os desmandos tem provocado uma situação bastante contrária.

Quando secretário, Aílson chegou ser um dos idealizadores de um projeto de revitalização do Mercadão, executado em parceria com outras cinco secretarias municipais, “na época alguns problemas foram amenizados, e esperávamos que o aspecto de melhora fosse continuado, ou, ao menos mantido”, comentou o vereador.

O edil disse saber de um projeto futuro para padronização e cobertura do local, mas segundo ele, há coisas que não dá para esperar. Segundo Aílson, desde o início da gestão atual, o carro pipa que passava pelo Mercadão todo domingo, deixou de fazer a higienização do local, que agora só é possível por conta das doações de materiais de limpeza dos próprios feirantes.

Outra questão levantada por Aílson é falta de segurança, organização, e o mais grave, o funcionamento de Box usado para intermediar negócios ligados a prostituição de jovens e adolescente.

Na época da revitalização, o secretário pediu a interdição de um dos boxes, a Delegacia da Mulher chegou fazer uma diligência no local, e a justiça acabou confiscando o estabelecimento, que agora funciona através de uma liminar. “Existem muitas crianças fazendo uso de bebida alcoólica lá, sem qualquer fiscalização. Não estou dizendo que o ato (sexo) seja feito no local, mas serve como ponto de negociação”, comentou.

Aílson diz que já fez vários pedidos de providências à secretaria de Agricultura, responsável pelo Mercadão, no entanto, nenhum deles foi atendido. “O secretário não atende ao telefone e dificilmente vai ao Mercadão, ele dita o que faz”, concluiu o vereador.

Durante uma visita nesta semana, a equipe de reportagem também flagrou o descumprimento da Portaria 304, alguns açougueiros burlam o sistema de comercialização preconizado pelo Ministério da Agricultura.

Em alguns boxes a carne é inspecionada, mas, conservada de forma irregular. Na maioria dos casos, os açougueiros possuem o balcão frigorífico, porém, fica desligado.

Nesta terça-feira, nossa equipe conversou com o secretário de Agricultura, Henrique da Ceplac, que apresentou um projeto de reforma para a estrutura do Mercadão.

De acordo com o projeto, haverá mudanças no limite permitido para uso de exposição de produtos, mantendo o corredor livre, além da padronização das fachadas, reforma do telhado e do piso, e reorganização também do lado exterior do mercadão com redistribuição das barracas por setor.

Henrique assume que há muitos problemas que precisam de correção, a maioria herdada da administração anterior. O secretário destaca que um dos principais problemas, são as barracas fixas instaladas sob autorização do projeto de revitalização do vereador Aílson, na época secretário de Indústria e Comércio.

Ainda segundo Henrique há uma grande dificuldade de organização da área correspondente, já que as barracas são fixas e colocadas em um espaço livre. Além da reforma interna, o secretário pretende reutilizar o estacionamento do Mercadão, para ampliar espaços e fazer uma nova redistribuição por setor de vendas.

Henrique também nega a falta de segurança e afirma que no local trabalham pelo menos 6 guardas municipais. Outra negativa do secretário é com relação a falta de material de limpeza, ele garante que a higienização está sendo feita dentro do cronograma estabelecido, assim como o carro pipa que ajuda na limpeza duas vezes no mês.

Sobre os boxes com suspeita de prostituição e venda de bebidas para menores, Henrique explica que há apenas denúncias e que nada ficou comprovado ainda. A secretaria já teria alertado os comerciantes e acompanha as atividades nos dois pontos, “nós estamos acompanhado de perto toda movimentação e não iremos permitir excessos ou atitudes que caracterizem uma conduta imoral dentro do Mercadão”, destacou o secretário.

Com relação ao descumprimento da Portaria 304, Henrique explica que a fiscalização é de responsabilidade da Vigilância Sanitária, nossa equipe foi até a sede da VISA, e também tentou contato por telefone, mas a coordenadora não foi encontrada para comentar o assunto.

Fonte:Sul Bahia News