O supersecretário
FOCO NO PODER
Por Dilvan Coelho
Erros na política
Existe uma máxima que devemos obedecer sempre: “Quando o inimigo estiver errando, não o perturbe”. Ocorre que no caso de Teixeira de Freitas não temos o prefeito como inimigo, gostaríamos muito que ele acertasse, porque seria melhor para a cidade e, consequentemente, para todos que aqui vivem e trabalham. Se ele fizesse uma boa administração, iríamos aplaudir com a maior boa vontade. Durante o primeiro ano tivemos uma grande tolerância com o gestor, mas, tudo na vida tem um limite. A nossa tolerância coincidiu com a do povo, que, depois de um ano, chegou a zero.
Dois principais erros
Quem ocupa qualquer função eleita pelo povo deve evitar cometer dois erros fatais: o primeiro são promessas não cumpridas, e o segundo, as declarações comprometedoras. O prefeito João Bosco tem cometido os dois. O programa de governo debatido durante a campanha eleitoral, depois que ganhou as eleições foi jogado no fundo da gaveta e hoje governa de acordo com a cartilha do PT. Quanto às declarações comprometedoras, ele é mestre nisso. A última foi receitar DIAZEPAN, porque, segundo ele, a população está ansiosa.
Administrações desastrosas
Na Bahia tivemos duas administrações do PT desastrosas, em duas cidades importantes: Ilhéus e Itabuna. Em Ilhéus, o prefeito Newton saiu pela porta do fundo; em Itabuna, Geraldo Simões nunca mais teve chance de voltar ao comando do município. Em ambos os casos eles rezaram na mesma cartilha que João Bosco está rezando, aparelhou a máquina do município com os mesmos esquemas que foram montados em Teixeira, aonde empresas de fora ganharam a maioria dos contratos de prestação de serviços, provocando a evasão de recursos, com isso, deixou o comércio local a pão e água.
Rompimento com aliados
O prefeito de Teixeira conseguiu uma vitória marcante com a maior diferença de votos da história do município, exatamente porque ele conseguiu fazer um arco de alianças amplo com várias lideranças que foram importantes para consolidar a vitória. Entretanto, depois foi abandonando os parceiros de campanha e entregou o governo aos companheiros petistas ilustres, que hoje controlam as principais Secretarias do governo, tendo como exemplo a de finanças e a de educação. Na realidade, o prefeito ficou com a caneta na mão sem tinta para governar.
Arrecadação de Teixeira
Segundo o balanço anual publicado pela Prefeitura de Teixeira de Freitas e assinado pelo prefeito e demais funcionários responsáveis pelo setor financeiro, a arrecadação durante o ano de 2013 foi mais de R$ 243 milhões, dando uma média de R$ 20 milhões por mês, portanto, nos últimos 15 meses arrecadou mais de R$ 300 milhões. De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a despesa com a folha de pagamento não pode ultrapassar 54% do valor arrecadado, o que seria cerca R$ 160 milhões, desta forma, deveria sobrar R$ 140 milhões para investimentos, porém, isso não aconteceu. Para onde foi esse dinheiro?
O supersecretário
O ex-vereador Henrique da Ceplac, que só foi vereador porque conseguiu cassar o mandato de Leonardo do Sindicato e veio a ter um mandato medíocre como edil, tanto assim, que sequer conseguiu ser reeleito. Todavia, no governo desastroso de João Bosco veio a ocupar duas secretarias – a de Agricultura e de Infraestrutura. Recentemente, Henrique foi exonerado pelo prefeito e imediatamente nomeado para os dois cargos. Esta atitude do gestor vem causando polêmica nos meios políticos, a ponto de haver especulação de que a imediata recondução de Henrique foi devido a chantagem exercida pelo secretário.
União das oposições
Depois de uma verdadeira engenharia política comandada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, as oposições se uniram em torno de três nomes expressivos da política baiana, pertencentes aos três maiores partidos da Bahia: DEM, PSDB e PMDB. O nome de Paulo Souto foi escolhido para a cabeça de chapa porque, dos pretendentes, ele despontava em primeiro lugar nas pesquisas, seguido de Geddel. A surpresa foi o nome de Joaci Goes, que depois que foi deputado constituinte e posterior candidato ao senado mergulhou na política, entretanto, seu nome veio reforçar a chapa das oposições.